SÃO PAULO (Reuters) - Os preços no atacado passaram a subir 1 por cento e o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) encerrou novembro com alta de 0,80 por cento, contra 0,10 por cento no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
O resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters com economistas de avanço de 0,62 por cento, na mediana das projeções.
No mês passado, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60 por cento do indicador todo, subiu 1,06 por cento, após variação negativa de 0,03 por cento no mês anterior.
As Matérias-Primas Brutas passaram a registrar alta de 0,52 por cento, ante queda anterior de 1,92 por cento, com destaque para o comportamento do minério de ferro, do leite in natura da mandioca.
Os Bens Intermediários, por sua vez, aceleraram a alta a 1,98 por cento, contra 1,22 por cento no mês anterior, influenciado principalmente pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) avançou 0,36 por cento, contra alta de 0,33 por cento em outubro. O IPC-DI corresponde a 30 por cento do IGP-DI.
A FGV afirma que a maior contribuição partiu do grupo Transportes, que acelerou a alta a 0,80 por cento, ante 0,08 por cento anteriormente, com destaque para o comportamento do item gasolina.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), por sua vez, avançou 0,31 por cento em novembro, mesma variação de outubro. O INCC representa 10 por cento do IGP-DI.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.
(Por Thaís Freitas)