SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) encerrou 2016 com alta acumulada de 7,18 por cento, abaixo do resultado do ano anterior, depois de ter avançado 0,83 por cento em dezembro.
O dado de dezembro divulgado nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,59 por cento, após variação positiva de 0,05 por cento em novembro. Em 2015, o IGP-DI subiu 10,7 por cento.
Segundo a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) subiu 1,10 por cento em dezembro após variação negativa de 0,01 por cento em novembro, fechando o ano com avanço de 7,73 por cento. O índice responde por 60 por cento do IGP-DI.
O IPA mostrou que os preços Produtos Industriais passaram a subir 1,98 por cento em dezembro, acelerando com força ante a alta de 0,75 por cento no mês anterior.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) teve alta de 0,33 por cento em dezembro, contra 0,17 por cento no mês anterior, acumulando em 2016 avanço de 6,18 por cento. O IPC-DI mede a evolução dos preços às famílias com renda entre um e 33 salários mínimos mensais e corresponde a 30 por cento do IGP-DI.
A FGV destacou para o resultado do IPC o desempenho do grupo
Alimentação, que avançou 0,44 por cento após recuo de 0,12 por cento em novembro, com destaque para o item frutas.
A maiores altas no ano, entretanto, foram registradas por Despesas Diversas, de 10,52 por cento, e por Saúde e Cuidados Pessoais, de 10,13 por cento.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), por sua vez, acelerou a alta a 0,35 por cento em dezembro, sobre 0,16 por cento anteriormente. No ano, o índice, que representa 10 por cento do IGP-DI, subiu 6,13 por cento.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.
(Por Thaís Freitas)