Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou a alta a 2,29% na segunda prévia de fevereiro, depois de subir 2,37% no mesmo período do mês anterior, ainda pressionado pelos preços ao produtor mas com alívio do avanço ao consumidor.
Os dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostraram que a taxa acumulada em 12 meses passou de 25,46% para 28,64%.
Na segunda prévia de fevereiro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral, passou a subir 2,98%, contra alta de 3,08% no mês anterior.
Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços, as Matérias-Primas Brutas e os Bens Intermediários ajudaram a sustentar a taxa do IPA em torno de 3% na segunda prévia de fevereiro. O primeiro grupo passou de alta de 5,71% para 4,11% no período, enquanto o segundo ampliou os ganhos de 1,89% para 3,76%.
"Grandes commodities agrícolas e industriais seguem registrando aumento e impulsionando a inflação ao produtor", disse Braz. "Nesta apuração, os destaques foram minério de ferro (4,41%), soja (5,89%) e bovinos (9,16%)."
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, subiu 0,29% na segunda prévia de fevereiro, depois de avançar 0,42% no segundo decêndio de janeiro.
O grupo Alimentação reduziu sua alta de 1,32% para 0,11% no período, com os preços das frutas passando de alta de 6,21% para queda de 0,46%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, avançou 1,00% na segunda prévia de fevereiro, de alta de 0,97% antes.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.
A segunda prévia do IGP-M calculou as variações de preços no período entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.