PEQUIM (Reuters) - A importação de petróleo bruto da Arábia Saudita pela China caiu 13% em novembro em relação ao ano anterior, mas o reino manteve sua posição de principal fornecedor para o maior importador de petróleo do mundo.
O fluxo de petróleo da Arábia Saudita para a China chegou a 7,4 milhões de toneladas no mês passado, ou 1,8 milhão de barris por dia (bpd), mostraram dados da Administração Geral das Alfândegas nesta segunda-feira.
Isso se compara a 1,67 milhão de bpd em outubro e a 2,06 milhões de bpd em novembro do ano passado.
O aumento das importações na comparação anual ficou em linha com decisão em julho da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, conhecidos como Opep+, de aumentar a produção em 400.000 bpd por mês até pelo menos abril de 2022.
As importações chinesas de seu segundo maior fornecedor de petróleo, a Rússia, permaneceram em novembro em nível semelhante ao do mês anterior, em 6,7 milhões de toneladas, ou 1,63 milhão de bpd.
Refinarias independentes chinesas, que favorecem principalmente petróleo da Rússia, estão mantendo cotas de importação de petróleo para uso no final deste ano.
Entradas de petróleo bruto do Brasil e da Angola diminuíram 28% e 18%, respectivamente, ante um ano antes, embora vendedores da África Ocidental e Américas estejam se esforçando para conquistar uma participação de mercado maior na Ásia.
Traders disseram que compradores chineses não seriam facilmente atraídos por barris mais baratos dessas regiões, com refinarias alocando cotas de importação menores este ano e empresas estatais já bem abastecidas.
Embarques dos Emirados Árabes Unidos e do Kuwait, aumentaram 71% e 31%, respectivamente, em novembro em relação ao ano anterior.
Os dados oficiais vêm registrando de forma consistente zero importações do Irã ou da Venezuela desde o início deste ano.
(Por Muyu Xu e Dominique Patton)