PEQUIM (Reuters) - As importações de carne suína pela China mais que dobraram em julho na comparação com o mesmo mês de 2018, mostraram dados alfandegários nesta sexta-feira, à medida que o maior consumidor mundial da proteína se abastece com ofertas externas após a peste suína africana ter dizimado sua produção doméstica.
A China adquiriu 182.227 toneladas de carne de porco em julho, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândegas do país, uma alta de 107% ante julho de 2018 e também acima das 160.467 toneladas importadas em junho, embora levemente abaixo do nível visto em maio, de 187.500 toneladas.
A epidemia de peste suína no país asiático, que já dura um ano, reduziu em um terço o maior rebanho de porcos do mundo, segundo dados governamentais, elevando os preços da carne favorita dos chineses para um novo recorde.
Os preços da carne suína no varejo subiram para 32,40 iuanes (4,57 dólares) por kg na semana finalizada em 14 de agosto, alta de 46% em relação ao preço visto há um ano, de acordo com o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais.
As importações de carne suína pela China atingiram 1 milhão de toneladas nos primeiros sete meses de 2019, avanço de 36% ante igual período do ano anterior.
Enquanto isso, as importações de carne bovina em julho avançaram 83% na comparação anual, para 152.213 toneladas, enquanto as de frango subiram 39%, para 68.221 toneladas.
Ainda há expectativa de que as importações de carne cresçam mais no segundo semestre, uma vez que a China entrará no período de pico de demanda devido às preparações para o festival do Ano Novo Lunar.
(Reportagem de Dominique Patton)