Por Chen Aizhu
CINGAPURA/PEQUIM (Reuters) - As importações chinesas de petróleo bruto aumentaram 15,2% em junho ante o ano anterior, mostraram dados da alfândega nesta sexta-feira, com o início da operação de novas refinarias de grande escala estimulando a demanda por matéria-prima.
Uma nova refinaria de propriedade da Hengli Petrochemical, capaz de processar 400 mil barris por dia (bpd) de petróleo, iniciou suas operações no fim de maio, enquanto uma instalação de porte similar de propriedade da Zhejiang Petrochemical iniciou sua fase de testes.
As importações de junho pelo maior importador de petróleo do mundo chegaram a 39,58 milhões de toneladas, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas.
Isso equivale a 9,63 milhões de bpd, um aumento de 1,7% em relação ao nível de 9,47 milhões de bpd em maio e alta ante 8,36 milhões de bpd há um ano.
Nos primeiros seis meses de 2019, as importações de petróleo cresceram 8,8% em relação ao ano anterior, para 244,6 milhões de toneladas, ou cerca de 9,87 milhões de bpd.
As importações de junho aumentaram apesar das margens escassas limitando o funcionamento em algumas refinarias e em meio a paradas para manutenção.
Espera-se que as compras de petróleo bruto da China sejam moderadas em julho, já que o suprimento de combustível de novas e gigantescas refinarias alimenta um excesso já considerável.
Os dados da alfândega também mostraram que a China exportou 5,43 milhões de toneladas de derivados de petróleo em junho, um aumento de 13,5% em relação ao ano anterior e de avanço de 4,49 milhões de toneladas em maio, refletindo o crescente excedente.
As exportações no primeiro semestre de 2019 totalizaram 32,52 milhões de toneladas, 7,3% acima do ano anterior.