Nova Délhi, 12 abr (EFE).- A Índia realiza neste sábado um novo dia de eleições gerais com votações em quatro estados do país, nos quais estão em jogo sete cadeiras do Parlamento Nacional.
As votações se realizam em Goa, no sudoeste do país, e em Assam, Sikkim e Tripura, no remoto noroeste, com mais de 5 milhões de eleitores aptos a votar nos quatro estados, segundo dados da Comissão Eleitoral.
Um terço dos eleitores exerceu seu direito ao voto nas três primeiras horas de abertura das zonas eleitorais em Tripura, enquanto a presença de votantes também foi numerosa desde a primeira hora em Sikkim, Assam e Goa, onde havia longas filas, segundo a agência local "Ians".
As zonas eleitorais abriram às 7h locais (23h30 de Brasília da sexta-feira) e fecharão às 17h (9h30 de Brasília), com três cadeiras em jogo em Assam, duas em Goa, uma em Sikkim e outra em Tripura durante o dia de votações.
A maioria dos eleitores convocados a votar nesta fase correspondem a Assam, com quase 3 milhões, enquanto 1 milhão pode votar em Goa, outro milhão em Tripura e uns 300 mil em Sikkim, com um total de 74 candidaturas no conjunto dos quatro estados.
Cerca de 814 milhões de eleitores indianos estão aptos a votar de maneira sucessiva nas eleições que começaram na última segunda-feira e se prolongam por cinco semanas em dez fases até o dia 12 de maio, enquanto os resultados serão divulgados no dia 16 desse mês.
O nacionalista hindu Narendra Modi, candidato do partido de oposição Bharatiya Janata (BJP, sigla em inglês), parte como favorito nas eleições gerais, marcadas pela desaceleração econômica, a falta de empregos para os jovens e pelos altos preços dos alimentos.
No entanto, Modi desperta temor entre as minorias religiosas por seu suposto envolvimento no massacre de quase mil muçulmanos em 2002 em Gujarat, mesmo depois de ser absolvido em diversas investigações judiciais.
Após uma década no poder, o Partido do Congresso, da dinastia Nehru-Gandhi, chega às eleições muito desgastado e assolado por casos de corrupção e pela desaceleração do crescimento econômico.
Rahul Gandhi, chefe de campanha do partido que governou a Índia por 54 dos 67 anos de sua independência, não convence - segundo as pesquisas - um eleitorado jovem que tem mais expectativas após uma década de elevado crescimento econômico.