PEQUIM (Reuters) - O índice de crescimento do setor de serviços da China caiu para uma mínima de seis meses em julho, enquanto as novas encomendas avançaram na sua taxa mais fraca em pelo menos um ano, mostraram dados neste domingo, ofuscando um pouco o brilho de um setor que tem sido um ponto de referência da economia chinesa este ano.
O indicador oficial (PMI, na sigla em inglês) para o setor não industrial desacelerou para 54,2 em julho, contra 55 em junho, disse o Departamento Nacional de Estatísticas neste domingo. Essa é a leitura mais fraca desde janeiro.
Uma leitura acima de 50 nas pesquisas do PMI indica uma expansão da atividade, enquanto abaixo desse patamar, uma contração.
O ligeiro recuo no setor de serviços veio num momento em que as fábricas da China começaram a se recuperar, após um fraco início de ano na segunda maior economia do mundo, devido à vacilante demanda no país e no exterior.
Um desempenho misto de outras medidas no PMI de domingo sugeriu que o setor de serviços desfruta de um encorajador, embora um pouco confuso, cenário.
O crescimento em novas encomendas caiu para sua taxa mais fraca em pelo menos um ano, em julho. Mas, ao mesmo tempo, as expectativas de negócios das empresas saltaram para um nível não visto em pelo menos um ano.
A inflação no setor, seja ele de produção ou preços finais de vendas, também acelerou a um ritmo não visto em pelo menos 12 meses.
Cai Jin, vice-presidente da Federação Chinesa de Logística e Compras, que publica o PMI de serviços em conjunto com o governo da China, aconselhou os investidores a não se importarem muito com as divergências.
"A volatilidade nos vários sub-índices para o índice de serviço em julho não é grande", disse Cai. "O mercado, em geral, ainda é estável."
Em contraste, ele disse que a fraqueza no setor imobiliário da China persistiu no mês passado, devido a fatores sazonais e demanda fraca.