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Indústria brasileira fica estagnada em outubro e bens de consumo pesam

Publicado 02.12.2014, 11:46
© Reuters. Operário trabalha na linha de montagem da marca de caminhões Scania, em São Bernardo do Campo, em São Paulo

Por Rodrigo Viga Gaier e Patrícia Duarte

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A produção industrial brasileira ficou estagnada em outubro, pior do que o esperado e iniciando o último trimestre do ano sem força, com mau desempenho em todas as categorias, sobretudo na de bens de consumo.

Sobre um ano antes, a atividade recuou 3,6 por cento em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE) nesta terça-feira, acumulando em 12 meses queda de 2,6 por cento, o pior desempenho desde setembro de 2012 (-2,9 por cento).

Pesquisa da Reuters com analistas mostrou que a expectativa era de que a produção industrial subisse 0,30 por cento na comparação mensal e queda de 3 por cento na anual.

"Esse mês não houve nenhum tipo de efeito do calendário e, na comparação interanual, chegou-se a 8 meses seguidos de queda", afirmou o economista do IBGE André Macedo. "É um perfil de queda disseminado", acrescentou.

Segundo o IBGE, nenhuma das principais categorias mostrou expansão em outubro, quando comparado com o mês anterior, com destaque para bens de consumo duráveis e semiduráveis e não duráveis em queda de 0,8 e 0,6 por cento, respectivamente. Em setembro, elas tinham subido.

O mau desempenho vem em meio ao cenário de atividade econômica fraca e inflação elevada, e perspectiva de arrefecimento no crédito devido ao novo ciclo de aperto monetário iniciado pelo Banco Central. Ao elevar a taxa básica de juros do país, para combater a alta dos preços, a autoridade também encarece o custo dos empréstimos, afetando o consumo.

"Inadimplência e maior comprometimento da renda, seletividade e encarecimento do crédito e mercado de trabalho moderado justificam o comportamento da demanda interna menor. E, combinado a isso, na maior parte da indústria os estoques estão acima do considerado ideal", afirmou Macedo.

Dos 24 ramos pesquisados, segundo o IBGE, 16 mostraram queda em outubro. As principais influências negativas vieram dos produtos farmacêuticos (-9,7 por cento) e veículos automotores(-2,2 por cento). Na outra ponta, houve expansão em produtos alimentícios (2,5 por cento).

E já há sinais de que o setor não conseguiu mostrar recuperação neste final deste ano. O Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) de novembro mostrou que a indústria brasileira viu a contração aprofundar ainda mais, com queda na produção e novos negócios.

A economia brasileira está estagnada, com o setor industrial pesando neste quadro. No trimestre passado, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu apenas 0,1 por cento, com a indústria marcando expansão de 1,7 por cento sobre o segundo trimestre, quando houve menos dias úteis por conta da Copa do Mundo e ajudando na recuperação agora.

Pesquisa Focus do Banco Central com economistas mostra que a projeção é de contração de 2,26 por cento da indústria neste ano e crescimento de 1,13 por cento em 2015. Para o PIB, as contas são de crescimento de 0,19 e 0,77 por cento, respectivamente.

© Reuters. Operário trabalha na linha de montagem da marca de caminhões Scania, em São Bernardo do Campo, em São Paulo

A nova equipe econômica --encabeçada por Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa no Planejamento e Alexandre Tombini no Banco Central-- já sinalizou mais rigor fiscal para tentar recuperar a confiança dos agentes econômicos.

(Reportagem adicional de Felipe Pontes, no Rio de Janeiro)

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