SÃO PAULO (Reuters) - A indústria brasileira manteve o ritmo de crescimento no final do terceiro trimestre embalada pela alta da produção e das novas encomendas, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta segunda-feira.
O IHS Markit informou que seu PMI para o setor repetiu em setembro a marca de 50,9 vista em agosto, mostrando melhora modesta nas condições operacionais ao permanecer acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
O resultado teve como base o aumento da entrada de novos trabalhos pelo sétimo mês seguido em setembro, na esteira de condições econômicas melhores, conquista de novos clientes e mais vendas tanto para clientes internos quanto externos.
Esse movimento levou as empresas a aumentarem a produção no ritmo mais rápido em quatro meses, e de forma generalizada entre as categorias.
Diante disso, a taxa de corte de empregos foi moderada e similar à de julho e de agosto. De fato, o emprego aumentou entre os produtores de bens de consumo pela primeira vez desde fevereiro de 2015.
Por outro lado, o custo dos insumos chegou à máxima de seis meses em setembro diante dos preços mais altos dos combustíveis, porém as pressões competitivas e os esforços para segurar os clientes levaram os produtores a aumentar apenas de forma marginal os preços cobrados.
Em relação à confiança no setor, esta melhorou após chegar ao menor nível em 16 meses em agosto, com os produtores esperando que a diversificação de produtos, recuperação econômica e investimentos em maquinário sustentem o crescimento da produção no ano à frente.