Caracas, 9 set (EFE).- A inflação acumulada nos nove primeiros meses de 2019 chegou a 3.326% na Venezuela, fato que confirma a grave crise econômica pela qual atravessa o país, disse nesta quarta-feira o deputado opositor, Alfonso Marquina.
Já a inflação nos últimos 12 meses, de outubro de 2018 a setembro de 2019, atingiu 50.100,3%. No entanto, depois de avançar 65,2% em agosto, o índice recuou no mês passado e fechou em 23,5%.
Apesar da inflação de setembro ter ficado abaixo dos 50%, o deputado destacou que a Venezuela permanece sob um estado de hiperinflação em que entrou no fim de 2017.
Entre março e julho, a Assembleia Nacional da Venezuela, controlada pela oposição, registrou altas do índice abaixo de 50%, mas em agosto havia alertado que, se tecnicamente o país tinha saído da hiperinflação, isso ocorreu de forma temporária.
"Para que haja mudanças reais na economia venezuelana, é necessário que haja uma mudança política", afirmou Alfonso Marquina, culpando o governo de Nicolás Maduro de todos os males do país.
O legislador também disse que os itens de alimentos e medicamentos sofreram os maiores aumentos de preços no mês passado, de 42,6% e 43%, respectivamente.
Assim, ele disse, a maioria dos venezuelanos "dedica toda sua renda a comer pela metade" ou a compra de remédios.
A Venezuela, país com as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo, atravessa uma severa crise econômica que se traduz, além da hiperinflação, na escassez de medicamentos e falhas nos serviços públicos.