Por Brendan O'Boyle e Gabriel Araujo
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - A inflação anual do México acelerou em junho para um nível que não era visto desde o início de 2001, mostraram dados oficiais nesta quinta-feira, apesar do recente aperto monetário agressivo do banco central para domar a espiral de preços ao consumidor.
Os preços ao consumidor mexicano aumentaram 7,99% nos 12 meses até junho, disse a agência nacional de estatísticas, um pouco acima da expectativa de 7,95% dos economistas consultados pela Reuters.
A leitura também ficou bem acima da meta de inflação do banco central de 3%, com margem de um ponto percentual para mais ou menos, e marcou o nível mais alto desde janeiro de 2001, quando a inflação em 12 meses no México ficou em 8,11%.
O Banxico, como o banco central é conhecido, aumentou a taxa de juros de referência do México no mês passado em um recorde de 0,75 ponto percentual e alertou que voltará a subir a taxa.
O banco, que aumentou os juros em 3,75 pontos percentuais desde meados de 2021, anunciará sua próxima decisão de política monetária em 11 de agosto.
Os preços ao consumidor subiram 0,84% em junho, de acordo com números não ajustados sazonalmente, contra expectativa do mercado de um aumento de 0,81%.
O índice central, muito vigiado, que elimina alguns preços voláteis de alimentos e energia, subiu 0,77% durante o mês, abaixo das expectativas de um aumento de 0,8%.