Brasília, 7 ago (EFE).- A inflação no Brasil foi de 0,62% em julho, o que empurrou a variação dos primeiros sete meses do ano para 6,83% e elevou a taxa anualizada para 9,56%, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A variação anualizada, de agosto de 2014 a julho de 2015, é a mais alta registrada no país desde novembro de 2003, quando chegou a 11,02%.
O IBGE destacou que a inflação cedeu ligeiramente em julho em relação ao mês anterior, quando os preços subiram 0,79%.
No entanto, os 6,83% acumulados nos primeiros sete meses, é também o maior índice para esse período desde 2003, quando a inflação acumulada de janeiro a julho foi de 6,85%.
A inflação é uma das maiores pedras no sapato do governo da presidente Dilma Rousseff, que para tentar conter a alta dos preços e acertar as contas públicas optou por aplicar um severo ajuste fiscal, que inclui um forte corte de gastos.
Essas medidas foram complementadas com uma política de elevadas taxas de juros, e a Selic, estabelecida pelo Banco Central, está atualmente em 14,25%.
Apesar desses esforços, todas as projeções, inclusive as do próprio governo, apontam que a economia se contrairá este ano 1,5%, embora alguns analistas do setor privado elevem essa expectativa para quase 2%.
A meta oficial, que já foi descartada, a inflação em 2015 seria de 4,5%, com uma tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
No entanto, o Banco Central revisou esse objetivo e admitiu que a taxa deverá chegar no fim deste ano a 9%, uma previsão mais alinhada com a dos analistas do mercado, que apontam para 9,25%.