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Inflação na Venezuela pode superar 10.000% este ano, diz Parlamento

Publicado 09.01.2018, 00:07
Atualizado 09.01.2018, 00:10
© Reuters.  Inflação na Venezuela pode superar 10.000% este ano, diz Parlamento
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Caracas, 8 jan (EFE).- A inflação na Venezuela fechou 2017 em 2.616% e pode chegar a 10.000% este ano, segundo dados apresentados nesta segunda-feira pela Assembleia Nacional (AN, Parlamento), de maioria opositora, diante da ausência de informações sobre estes indicadores por parte do Banco Central (BCV).

O presidente da Comissão de Finanças da AN, o opositor José Guerra, afirmou durante entrevista coletiva que a inflação do país está fora de controle pela "impressão de dinheiro do Banco Central para financiar o déficit do governo" de Nicolás Maduro.

"70% do déficit do governo venezuelano para o ano de 2017 foi financiado com impressão de dinheiro", disse Guerra, acrescentando: "A inflação é diferente da hiperinflação, pois a inflação é normal em tudo. Uma hiperinflação é insuportável. É a ruína de um país".

Segundo o deputado Guerra - economista e com uma longa trajetória no Banco Central -, "estamos falando de uma inflação que pode passar os 10.000% se o BCV seguir financiando o governo".

O legislador disse à Agência Efe que apenas em dezembro, a inflação foi de 85%, e observou que, em comparação com outros casos de hiperinflação registrados no século passado no continente, o venezuelano ainda "não é o caso mais forte", mas "este ano pode ser".

Além disso, ele disse que a Câmara ainda não publicou a taxa de queda no Produto Interno Bruto (PIB).

Por sua vez, o deputado Rafael Guzmán, membro da Comissão de Finanças do Parlamento, desprezou os constantes aumentos salariais anunciados pelo Executivo para tentar neutralizar a explosão de preços, uma "guerra econômica" segundo o chavismo.

"Não há aumento de salário que possa combater esta situação", ressaltou o também opositor, que projetou em 14.000% o índice de inflação para 2018.

Guzmán também se referiu à queda do bolívar em relação ao dólar no mercado paralelo como uma das causas dos preços subindo quase que diariamente no país, e atribuiu ao controle de câmbio imposta pelo governo chavista desde 2003 como a causa desta depreciação.

"O governo mantém controle de câmbio, ou seja, segue entregando dólares a um pequeno grupo para que esse pequeno grupo siga colocando esses dólares no mercado negro: enquanto houver controle de câmbio, haverá um mercado negro", disse Guzmán.

Por outro lado, o presidente do BCV, Ramón Lobo, evitou comentar o índice de inflação apresentado pela Câmara, o único poder nas mãos da oposição e que foi declarado em desacato pelo Supremo Tribunal, para o qual suas ações são consideradas nulas por todas as instituições próximas ao governo.

"Isso ainda existe?", disse Lobo, se referindo ao Parlamento - ao ser abordado sobre a média de inflação apresentada pela Câmara - durante uma reunião entre as autoridades do órgão emissor e representantes do Executivo.

Este encontro serviu para que os titulares da Economia da Revolução Bolivariana entregassem ao BCV a proposta de Maduro para reativar o sistema de leilões de Moedas Complementares (Dicom), que deixou de funcionar em agosto e que acentuou a escassez de dólares no país.

"Esta proposta discutiremos no BCV o mais rápido possível, pela necessidade de estabelecer um novo sistema de câmbio que resista os embates da guerra econômica", disse o funcionário chavista.

Ele explicou que o objetivo é reativar o sistema "nos próximos dias" e adaptá-lo "às circunstâncias econômicas impostas pela agressão do governo americano e do bloqueio financeiro internacional".

O vice-presidente da Economia, Wilmar Castro, disse que o novo modelo de dotação de moedas "procura ser credível e transparente" e assegurou que o setor privado "participará de maneira aberta e terá controles facilmente previsíveis".

"O novo método de câmbio terá outros elementos que o tornarão mais flexível para facilitar o investimento de moedas produtivas", acrescentou, sem dar mais detalhes.

O BCV não publica desde 2015 dados oficiais sobre a inflação e o PIB, que esse ano fecharam em 180,9% e com uma contração de 5,7%, respectivamente.

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