BRUXELAS (Reuters) - A inflação na zona do euro acelerou a 2,2% em julho, taxa mais elevada em quase três anos e acima da meta de 2,0% do Banco Central Europeu, mostraram dados finais divulgados nesta quarta-feira pela agência de estatísticas da UE, confirmando sua estimativa preliminar.
A Eurostat disse que os preços ao consumidor nos 19 países do bloco subiram 2,2% em julho na comparação com o ano anterior, após alta de 1,9% em junho. Foi a taxa mais elevada desde outubro de 2018.
Na comparação mensal, houve queda de 0,1% dos preços, em linha com a expectativa de economistas consultados pela Reuters.
O BCE projeta mais aumento da inflação anual até o final do ano, mas considera que essa aceleração será provocada principalmente por fatores temporários, o que não exigirá mudanças na política monetária.
Sustentando a postura do BCE, a pressão do núcleo dos preços permaneceu fraca, com o indicador que exclui os preços voláteis de alimentos e combustíveis subindo 0,9% na base anual, o mesmo que em junho, mostraram dados da Eurostat.
(Reportagem de Francesco Guarascio)