Por Anthony Esposito
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) se - A inflação anual mexicana acelerou mais rápido do que o previsto na primeira quinzena de abril, atingindo seu nível mais alto em mais de três anos e ultrapassando em muito a meta do banco central, mostraram dados oficiais nesta quinta-feira.
A agência nacional de estatísticas do México (Inegi) informou que o índice de preços ao consumidor subiu para 6,05% no ano até a primeira quinzena de abril, devido ao aumento dos preços de energia e alimentos, bebidas e tabaco.
O dado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de 5,84%, e representa o nível mais alto desde os 6,85% registrados na segunda metade de dezembro de 2017.
Isso faz com que seja menos provável que o banco central, que tem como meta uma inflação de 3% com uma margem de erro de um ponto percentual para cima ou para baixo, corte sua principal taxa de juros em 13 de maio.
"À primeira vista isso parece alarmante, embora tenha sido principalmente um resultado dos efeitos de base relacionados aos preços baixos do petróleo há um ano", disse Nikhil Sanghani, economista para a América Latina da Capital Economics, que vê o banco central mantendo sua taxa básica a 4,00% "por mais tempo do que os investidores esperam atualmente".
Além disso, a inflação provavelmente atingiu seu pico e parece destinada a cair em direção à meta do banco central de 2% a 4% nos próximos meses, conforme os efeitos de base desfavoráveis dos preços de energia diminuam, acrescentou Sanghani.
(Por Anthony Esposito; Reportagem adicional de Miguel Angel Gutierrez)