BERLIM (Reuters) - O instituto alemão Ifo projeta que a maior economia da Europa vai se recuperar com menos força do que o esperado no próximo ano, já que um lockdown mais rígido para conter a segunda onda de infecções por Covid-19 tem retido consumidores e empresas.
A chanceler Angela Merkel e outros líderes impuseram um lockdown a partir de 2 de novembro, sob o qual restaurantes e bares foram fechados, mas lojas e escolas continuaram abertas. A partir desta quarta-feira, medidas mais rígidas entraram em vigor para fechar a maioria das lojas, bem como salões de beleza e outros serviços.
O Ifo cortou nesta quarta-feira sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano de 5,1% para 4,2%. Para 2022, o Ifo elevou sua projeção de PIB de 1,7% para 2,5%.
"A recuperação está sendo adiada por causa dos bloqueios recentes aqui e em outros países", disse o economista-chefe do Ifo, Timo Wollmershaeuser. Assim, a produção de bens e serviços não alcançará o nível pré-crise até o final de 2021.
Como resultado das medidas de lockdown, o Ifo espera que a economia encolha no último trimestre deste ano. Para 2020 como um todo, o instituto prevê queda de 5,1%, sem ajustes para efeitos do calendário.
Essas previsões incluem medidas sob o lockdown imposto a partir de 2 de novembro, que o Ifo presume que permanecerá em vigor até o final de março, mas não o impacto de medidas mais rígidas em vigor deste dia 16 de dezembro até pelo menos 10 de janeiro.
(Por Michael Nienaber)