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IPCA acelera alta a 0,61% em abril mas tem novo alívio em 12 meses

Publicado 06.05.2016, 11:55
Atualizado 07.05.2016, 22:20
© Reuters. Funcionário coloca etiqueta de preços em produtos dentro de supermercado de São Paulo

Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - Os preços de alimentos e de remédios pressionaram e a inflação brasileira voltou a acelerar em abril, acima do esperado, mas no acumulado em 12 meses houve alívio, sustentando as expectativas de corte nos juros básicos mais à frente pelo Banco Central.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,61 por cento em abril, após alta de 0,43 por cento em março, quando havia mostrado forte desaceleração em relação ao mês anterior. Apesar da aceleração, essa é a menor leitura para abril desde 2013 (0,55 por cento).

Em 12 meses até abril, o índice acumulou avanço de 9,28 por cento, frente a 9,39 por cento em março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

Essa foi a terceira queda seguida no índice acumulado e o segundo mês abaixo de 10 por cento. Mesmo assim, a inflação permanece bem acima do teto da meta do governo para este ano, de 4,5 por cento com tolerância de 2 pontos percentuais.

"A inflação está subindo menos, mas não retornou a patamares anteriores. Essa é a grande dificuldade de se trazer de volta a inflação para dentro da meta. Muitos custos vieram para ficar", disse a economista do IBGE Eulina Nunes dos Santos.

As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 0,54 por cento na base mensal e de 9,20 por cento na comparação anual.

REMÉDIOS

As principais influências para o resultado de abril do IPCA, apontou o IBGE, foram os grupos Alimentação e Bebidas e Saúde e Cuidados Pessoais.

Os preços com saúde subiram 2,33 por cento em abril, após alta de 0,78 por cento no mês anterior, representando impacto de 0,26 ponto percentual no índice do mês. A maior pressão foi exercida pela alta de 6,26 por cento dos remédios.

Já o grupo Alimentação e Bebidas, que tem importante peso sobre os gastos das famílias, mostrou desaceleração da alta em abril a 1,09 por cento, sobre 1,24 por cento antes, mas ainda assim teve a maior influência sobre o indicador, com 0,28 ponto percentual.

"O que aumentou mesmo em abril foi o supermercado. A lista de alta tem sido muito intensa e as visitas ao supermercado estão mais salgadas", destacou Eulina.

Ambos os grupos foram responsáveis por 89 por cento do índice do mês, segundo o IBGE.

Os preços de serviços subiram 0,58 por cento em abril, acelerando sobre a alta de 0,24 por cento em março, mas em 12 meses a pressão diminuiu a 7,34 por cento no mês passado.

Já os administrados passaram de queda de 0,36 por cento para alta de 0,69 por cento em abril, mas desaceleraram a 10,7 por cento no acumulado em 12 meses.

"A dinâmica dos preços aponta queda dos serviços pela recessão, peso dos preços administrados e pouco efeito do câmbio no mês. A perspectiva de o IPCA atingir 6,5 por cento em dezembro ainda é baixa", avaliou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves, em nota.

© Reuters. Funcionário coloca etiqueta de preços em produtos dentro de supermercado de São Paulo

A forte recessão econômica e a queda do dólar frente ao real vem ajudando a abrandar a inflação, mas mesmo assim a expectativa é de que o IPCA feche este ano com alta acima do teto da meta do governo. Pesquisa Focus do BC aponta avanço de 6,94 por cento.

O nível elevado da inflação em 12 meses é um dos fatores citados pelo Banco Central ao reiterar que não há espaço para diminuição da taxa básica de juros --hoje a 14,25 por cento ao ano-- tão cedo.

Pelo Focus, o mercado acredita que a Selic fechará este ano a 13,25 por cento e, em 2017, a11,75 por cento. No mercado de juros futuros, a curva indicava que o ciclo de afrouxamento monetário começará em agosto. 2016-05-06T144806Z_1_LYNXNPEC45100_RTROPTP_1_BRAZIL-ECONOMY-INFLATION.JPG

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