Nova York, 22 mai (EFE).- O índice Dow Jones Industrial, o principal de Wall Street, fechou nesta quarta-feira em baixa de 0,52% depois que as minutas da última reunião do banco central dos Estados Unidos (Fed) indicaram uma disposição de retirar gradualmente os estímulos econômicos no país.
Esse indicador, que reúne 30 das maiores empresas americanas, perdeu 80,41 pontos, para 15.307,17. Já o seletivo S&P 500 caiu 0,83% e fechou aos 1.655,35 pontos, e o índice composto da bolsa eletrônica Nasdaq recuou ainda mais, 1,11%, para 3.463,30.
O pregão terminou assim de uma forma atípica, após oscilar durante toda a jornada ao ritmo da interpretação de cada uma das palavras do Federal Reserve sobre sua política de estímulo monetário da economia americana.
Inicialmente, os índices tiveram uma expressiva alta (o Dow Jones chegou a ganhar mais de 150 pontos) com as primeiras palavras do presidente do Fed, Ben Bernanke, no Congresso americano.
Outros elementos do discurso de Bernanke, que advertiu hoje sobre os riscos de uma retirada "prematura" da agressiva política monetária de estímulo nos EUA, moderaram um pouco o entusiasmo dos mercados, que mesmo assim continuavam em tendência de alta.
No entanto, a divulgação das minutas da última reunião do Comitê de Mercado Aberto do Fed, na qual vários de seus membros expressaram disposição de retirar gradualmente seus estímulos monetários a partir de junho, caíram como uma ducha fria no pregão. Os três índices começaram então a despencar e só amenizaram a queda na última meia hora.
Se na metade pregão apenas 3 dos 30 componentes do Dow Jones Industrial registravam baixas, no fechamento 24 títulos caíam. Entre os poucas altas destacavam, as que mais se destacaram foram as de Pfizer (1,81%), Hewlett-Packard (1,25%) e JPMorgan Chase (1,15%). As quedas mais significativas eram as de Cisco (-2,79%), Dupont (-1,44%) e United Technologies (-1,33%).
Em outros mercados, o preço do ouro caiu quase 1%, para US$ 1.363,90 a onça, e a rentabilidade da dívida americana a 10 anos subia para 2,035%. EFE