O Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2021 deve apresentar crescimento de 0,3% em relação aos três últimos meses de 2020, e não mais registrar taxa zero, conforme o Itaú Unibanco (SA:ITUB4) destaca em seu cenário de revisão. De acordo com a instituição, indicadores diários do banco e índices da confiança da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram impacto moderado da segunda onda da pandemia do novo coronavírus sobre a atividade econômica.
"Métricas de isolamento social subiram significativamente menos que na primeira onda, e o consumo de serviços, que poderia sofrer o maior impacto negativo, está com apenas uma leve queda em janeiro. A confiança do empresário (FGV) no setor de serviços também teve queda leve, bem menor do que a ocorrida na primeira onda de coronavírus", argumenta a nota.
Para o PIB fechado em 2021, o Itaú manteve a projeção de alta em 4,0%, ponderando que a maior incerteza em relação ao cenário é o ritmo e eficácia da vacinação contra a covid-19. "Há chances de crescimento acima do projetado se a imunização ocorrer de forma relativamente célere e eficaz", explica.
Para 2022, o banco vê desaceleração da expansão econômica para 2,5%, devido ao efeito base (nível do PIB de 2021 significativamente acima do PIB de 2020) e à redução do estímulo monetário. Em relação ao PIB do ano passado, o banco mantém a projeção de queda de 4,1%.