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Câmara dos Representantes dos EUA rejeita elevação do teto da dívida

Publicado 31.05.2011, 22:17

Washington, 31 mai (EFE).- A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos rejeitou nesta terça-feira uma proposta de elevação do teto da dívida em US$ 2,4 trilhões sem cortes, em um manobra orquestrada pela maioria republicana para pressionar o presidente Barack Obama.

A votação, decidida por 97 votos a favor e 318 contra, era considerada um gesto simbólico dos republicanos que já expressaram sua oposição a permitir um maior endividamento dos EUA, a menos que venha acompanhado de importantes cortes no gasto público.

Os EUA são um dos poucos países que limitam por lei sua capacidade de endividamento, e no dia 16 de maio o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, anunciou que tinha chegado oficialmente a US$ 14,29 trilhões.

Desde a Administração do presidente Obama foi solicitado aos congressistas a aprovação do aumento do limite da dívida para evitar que o país caia em moratória, o que segundo os analistas poderia gerar uma crise financeira internacional.

No entanto, o partido republicano, que conta com maioria na Câmara de Representantes, rejeitou todas as propostas exigindo que o Governo reduza significativamente as despesas federais.

"O voto de hoje demonstra que a Câmara escuta os americanos. Um aumento do limite da dívida sem grandes cortes e sem reformas expressivas prejudicaria nossa economia e destruiria mais trabalhos, o que somaria a nossa crise de dívida", disse após a votação o republicano John Boehner, porta-voz da Câmara.

O democrata Chris Van Hollen e membro do Comitê Orçamentário da Câmara, qualificou o ato como um "truque político".

"Os republicanos estão fazendo demagogia com o aumento do limite de dívida para tirar benefícios políticos (...). Ao ameaçar com a moratória, o que estão fazendo simplesmente é transformar a economia e o emprego em reféns de um orçamento extremo que arruinaria o sistema de saúde", afirmou Van Hollen.

A votação foi realizada um dia antes de Obama se reunir com todos os dirigentes republicanos na Câmara de Representantes.

EFE

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