O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que a inclusão do botijão de GLP, o gás de cozinha, na cesta básica irá custar R$ 13 bilhões do Orçamento da União. Ao comentar sobre o valor, Lula voltou a criticar o mercado financeiro, ao falar que o sistema reage mal aos anúncios de investimentos voltados para a população mais carente.
De acordo com o presidente, a inclusão do gás de cozinha na cesta básica só irá começar em 2025, por conta do Orçamento.
"Ontem, me disseram que o mercado está nervoso, o dólar aumentou, o programa vai custar R$ 13 bilhões no final de 2026. E é engraçado porque toda vez que a gente faz coisa para os pobres, o mercado fica nervoso", disse Lula, em evento de anúncio de investimentos do governo federal à Paraíba nesta sexta-feira, 30.
O presidente pontuou, porém, que quando o Senado aprovou, na semana passada, o projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores e dos pequenos e médios municípios, não houve reação negativa do mercado financeiro. "Não vi o mercado ficar nervoso, é porque eles fazem parte do mercado, o dinheiro da desoneração era para eles, mas quando é para o pobre, eles ficam nervosos."
Ao destacar a importância de fazer o dinheiro circular, o petista continuou as críticas: "É isso que os ignorantes do mercado têm que perceber. Todo mundo ganha quando o dinheiro circula."
Críticas a Bolsonaro
O discurso da tarde desta sexta-feira também contou com um tom político. Na fala, que durou cerca de 40 minutos, o petista voltou a fazer críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, citando a falta de entrega de moradias habitacionais então denominadas Casa Verde e Amarela e a gestão durante a pandemia da covid-19.
Lula, então, afirmou que todo candidato que diz que vai se eleger com o discurso de combate à corrupção, "ele termina sendo o maior corrupto do tempo dele".