Por Noreen Burke
Investing.com - O número de americanos que solicitam benefícios iniciais de desemprego diminuiu para 3,83 milhões na semana que terminou em 25 de abril, afirmou o Departamento do Trabalho dos EUA na quinta-feira, enquanto a economia continua se recuperando de bloqueios em todo o país para diminuir a propagação de pandemia de coronavírus.
As reivindicações contínuas, que registram o número de pessoas que já recebem benefícios, saltaram para um recorde 17,99 milhões na semana que terminou em 18 de abril, informou o relatório, ante 11,91 milhões na semana anterior. Os dados de pedidos contínuos são relatados com atraso de uma semana.
Analistas consultados pelo Investing.com esperavam que as reivindicações iniciais de desemprego caíssem para 3,5 milhões e as reivindicações contínuas subissem para 19,2 milhões. Já a mediana da Bloomberg era de 3,69 milhões de solicitações.
O número de pedidos inicias semanais de seguro-desemprego tem diminuído desde que atingiu o recorde de 6,8 milhões na semana encerrada em 28 de março, quando os escritórios estatais de emprego sobrecarregados eliminaram as pendências.
Com os pedidos de seguro-desemprego começando a se estabilizar, a atenção está voltando-se para o número de pessoas que restam com benefícios de desemprego para ter uma melhor noção da profundidade da crise do mercado de trabalho.
Os números são apresentados um dia após um relatório mostrar que a economia dos EUA se contraiu a uma taxa anualizada de 4,8% no primeiro trimestre, encerrando a maior expansão da história dos EUA.
O Federal Reserve manteve as taxas de juros próximas de zero após sua reunião na quarta-feira e prometeu expandir programas de emergência, conforme necessário, para ajudar a economia em dificuldades. E repetiu uma promessa de usar sua "gama completa de ferramentas" em meio ao que agora diz serem "riscos consideráveis" a médio prazo, talvez um ano ou mais.
A divulgação dos dados do mercado de trabalho aprofundou as perdas dos contratos futuros dos índices Dow Jones e S&P 500, que caíam respectivamente 0,84% e 0,74%, se distanciando dos ganhos até o início da manhã suportados pela retórica tranquilizadora do Fed e por novas notícias sobre tratamento do Covid-19, além do brilho dos balanços das empresas de tecnologia. Os ganhos das gigantes do Vale do Silício minimizam as perdas do Nasdaq 100 Futuros em 0,15%. Anúncio de política monetária do Banco Central Europeu e dados ruins do PIB do primeiro trimestre da zona do euro já haviam levado Dow e S&P Futuros para o negativo.