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Membros do Fed se mostram refratários a juros negativos

Publicado 11.05.2020, 18:38
Atualizado 11.05.2020, 19:15
© Reuters. Prédio que sedia o Federal Reserve, em Washington (EUA)

Por Ann Saphir

(Reuters) - Formuladores de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) dizem que vão fazer o que for necessário para apoiar uma economia impactada pelas paralisações generalizadas, que visam retardar a propagação do coronavírus, mas há uma coisa que eles provavelmente não farão: levar as taxas de juros para abaixo de zero.

"Precisamos fazer tudo o que podemos para que a atividade econômica possa retomar quando for seguro e concentrar nossos esforços em retornar à prosperidade o mais rápido possível", disse o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, em uma reunião da Câmara de Comércio de Lansing, realizada via Zoom.

As taxas permanecerão próximas de zero por "bastante tempo", disse ele.

No entanto, questionado sobre taxas de juros negativas, ele rejeitou: "Não prevejo que seja uma ferramenta que estaríamos usando nos EUA".

Na semana passada, operadores no mercado futuro começaram a precificar --pela primeira vez-- uma pequena chance de juros negativos nos EUA no próximo ano. Nesta segunda-feira, a maioria havia desfeito essas apostas, embora contratos para outubro de 2021 ainda refletissem expectativa de taxas abaixo de zero.

Autoridades monetárias de outras regiões, incluindo Europa e Japão, têm experimentado taxas de juros negativas com resultados mistos. A ideia é punir bancos por manterem excesso de caixa e, assim, incentivar empréstimos, aumentando investimentos empresariais e gastos dos consumidores.

Mas os formuladores de políticas do Fed têm receio de adotar essa ferramenta, mencionando que ela pode ter o efeito oposto do pretendido ou prejudicar os mercados financeiros.

E, na crise atual, eles têm dito que taxas negativas seriam particularmente ineficazes, já que não é o preço do dinheiro --mas as restrições governamentais e as preocupações com a saúde pública-- que tem desincentivado pessoas e empresas a gastarem.

Os formuladores de política monetária do BC dos EUA reiteraram esses argumentos nesta segunda-feira, mesmo quando repetiram suas promessas de fazerem qualquer outra coisa para impulsionar a economia.

Falando mais cedo ao Yahoo Finance, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, disse que, como a estrutura dos mercados de financiamento de curto prazo nos Estados Unidos é diferente das do Japão e Europa, o uso de taxas negativas seria "problemático". Além disso, afirmou: "Não está claro que eles tenham tido sucesso lá... podemos usar outras ferramentas para lidar com a situação".

O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, se mostrou igualmente negativo sobre a possibilidade.

As taxas negativas estão "entre as medidas mais fracas do conjunto de ferramentas", disse Bostic em comentários em webcast nesta segunda-feira.

Antes de uma audiência no Comitê Bancário do Senado na terça-feira, o vice-presidente de Supervisão do Fed, Randal Quarles, divulgou declarações preparadas nas quais elogiou bancos por aumentarem empréstimos durante a crise.

© Reuters. Prédio que sedia o Federal Reserve, em Washington (EUA)

No entanto, ele alertou que o limite real do que as instituições financeiras podem fazer é a saúde geral da economia, que depende, por sua vez, da eficácia da resposta da saúde pública.

Ele não disse nada sobre taxas de juros negativas, embora o assunto possa surgir durante a audiência.

"Mais pode ser exigido de nós antes que a atual crise termine", disse Quarles. "Só podemos nos comprometer a fazer o que esse momento exige."

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