NOVA YORK (Reuters) - As companhias norte-americanas contrataram trabalhadores em um ritmo sólido em setembro, mas dados mostraram que a atividade industrial no Meio-Oeste dos Estados Unidos encolheu, turvando o quadro econômico para o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, decidir se deve elevar a taxa de juros este ano.
O setor privado norte-americano criou 200 mil postos de trabalho em setembro, mostrou relatório da processadora de folhas de pagamento ADP nesta quarta-feira. A leitura é a mais forte desde junho, batendo a previsão de um aumento de 194 mil postos de trabalho dos economistas consultados pela Reuters.
O número de vagas criadas em agosto pelo setor privado foi revisado para baixo para 186 mil, ante aumento de 190 mil divulgado anteriormente.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), grupo que define as políticas do banco central, decidiu por não encerrar sua política de taxa de juros próxima a zero em setembro, citando preocupações com os riscos globais e com a turbulência do mercado decorrente da China.
Nos últimos dias muitas autoridades do Fed, incluindo a chair, Janet Yellen, disseram que o Fed deve elevar os juros mais tarde neste ano se a economia mostrar futuras melhoras.
Os últimos dados da ADP sustentam as expectativas de ganhos na criação de empregos públicos e privados a serem divulgados no relatório do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos às 9h30 (horário de Brasília) na sexta-feira.
Economistas consultados pela Reuters esperam que o relatório de sexta-feira mostre que os empregadores norte-americanos contrataram 203 mil trabalhadores em setembro, acima do aumento de 173 mil em agosto que foi o menor em cinco meses. A taxa de desemprego tem previsão de permanecer estável em 5,1 por cento, próxima da mínima de 7 anos e meio.
(Por Richard Leong)
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