São Paulo, 31 out (EFE).- Os analistas do mercado financeiro melhoraram sutilmente suas previsões de inflação para este ano, que deve terminar 2016 em 6,88%, mas pioraram a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), com uma recessão de 3,3%, informou nesta segunda-feira o Banco Central do Brasil.
A pesquisa semanal, realizada com vários analistas do setor privado e conhecida como Boletim Focus, tinha calculado na semana passada uma inflação de 6,89% para este ano e uma contração do PIB de 3,22%.
O cálculo para a inflação se aproxima da meta máxima de tolerância prevista pela autoridade monetária.
O governo fixou a meta para a inflação anual em 4,5%, com uma tolerância de dois pontos percentuais, o que eleva o teto máximo para 6,5%.
Para 2017, segundo o mercado, a inflação estará dentro do limite máximo, com 5%, o mesmo cálculo previsto na semana passada.
A partir de 2017, esse teto para a inflação será reduzido em meio ponto percentual, para 6%, mas com a mesma meta central de 4,5%.
Em relação ao PIB, os analistas afirmaram no boletim divulgado nesta segunda-feira que a economia fechará 2016 com uma retração de 3,3%, um pouco mais que o índice de 3,22% previsto há uma semana, enquanto o cálculo para 2017 reduziu a previsão de 1,23% da semana passada para 1,21%.
As previsões continuaram iguais também para a taxa básica de juros, que atualmente está em 14% e que, de acordo com os economistas, deverá terminar 2016 em 13,5%. Para o ano que vem, a previsão da Selic é de 10,75%, enquanto na semana passada era de 11%.
Já sobre o câmbio, os analistas estimam que o dólar será negociado a R$ 3,20 até o fim deste ano, e a R$ 3,40 em 2017, as mesmas projeções da semana anterior.