São Paulo, 28 nov (EFE).- A economia brasileira sofrerá este ano uma retração de 3,49%, abaixo da queda de 2015 (-3,8%), e crescerá menos de 1% em 2017, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central.
Os analistas pioraram suas perspectivas para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2016 em relação à projeção da semana passada, quando estabeleceram que a economia teria uma redução de 3,4%.
A tendência do mercado à medida que se aproxima o final do ano levou a uma piora nos números, pois há quatro semanas a previsão de crescimento era de -3,3%.
No entanto, está prevista para 2017 uma lenta recuperação com um aumento de 0,98% do PIB, uma leve queda em relação à projeção divulgada no relatório anterior (1%).
Quanto à inflação, os economistas melhoraram sua projeção para este ano e manteviveram estável a de 2017.
A estimativa do mercado para 2016 é de uma alta de preços de 6,72%, quase um décimo abaixo dos 6,8% projetados na pesquisa divulgada na semana passada.
Apesar da melhora, o número ainda está acima da meta de 4,5% estipulada pelo Banco Central para 2016, com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais, o que estabelece o limite máximo de 6,5% ao ano.
Para 2017, os economistas mantiveram a mesma perspectiva de inflação, com um aumento de 4,93%, enquanto a previsão de quatro semanas atrás era de 5%.
O Brasil registrou em 2015 uma inflação de 10,67%, a maior nos últimos 13 anos.