Por Isabel Versiani
BRASÍLIA (Reuters) - Analistas do mercado elevaram mais uma vez a projeção para a inflação em 2020 e agora estimam que o IPCA fechará o ano em 2,65%, dentro do intervalo da meta de inflação para o período, que tem o centro em 4%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.
Para 2021, quando a meta central é de 3,75%, as expectativas ficaram estáveis em 3,02%, mostrou o relatório Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira.
Esta foi a décima semana consecutiva de elevação na projeção para o ano do IPCA, índice de inflação ao consumidor usado como parâmetro para o regime de metas. Em setembro, o índice veio acima do esperado com a maior alta para o mês desde 2003, de 0,64%, pressionado pelo aumento dos alimentos.
A pesquisa Focus, que colhe semanalmente projeções de analistas de cerca de 100 instituições, também mostrou uma ligeira redução nas expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2021, para 3,47%, após 20 semanas com a mediana dessa estimativa estacionada em +3,50%.
Para este ano, a projeção de retração do PIB foi reduzida também marginalmente para 5%, frente a estimativa de queda de 5,03% na semana anterior.
Os analistas também elevaram o prognóstico para a taxa de câmbio no final de 2020, para 5,35 reais por dólar, frente a 5,30 reais na semana anterior. Para 2021, a projeção ficou estável em 5,10 reais.