BRASÍLIA (Reuters) - O mercado financeiro reduziu mais uma vez suas estimativas para o déficit primário das contas públicas para este ano e o próximo, em meio à expectativa de maior arrecadação, e previu um endividamento ligeiramente menor do governo federal, de acordo com o relatório Prisma Fiscal de outubro divulgado nesta quinta-feira.
A mediana das projeções aponta agora para um déficit primário de 129 bilhões de reais em 2021, ante rombo de 135,1 bilhões de reais previsto no relatório de setembro. Para o ano que vem, a estimativa de déficit passou a 83,1 bilhões de reais, ante 90,0 bilhões de reais estimados anteriormente.
Economistas e instituições de pesquisa consultadas elevaram as projeções para a receita líquida do governo central tanto para 2021 quanto 2022, a 1,508 trilhão de reais e 1,591 trilhão de reais, respectivamente. As projeções anteriores eram de 1,489 trilhão de reais para este ano e de 1,580 trilhão de reais para o próximo.
Com a perspectiva de um déficit primário menor, a projeção para a dívida bruta recuou a 81,39% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, de 81,69% anteriormente, e para 82,80% em 2022, contra estimativa anterior de 83,0%.
(Por Isabel Versiani)