Argel, 16 jan (EFE).- O Ministério de Interior argelino confirmou que "um grupo de terroristas fortemente armados" atacou nesta quarta-feira instalações da empresa petrolífera estatal Sonatrach no sudeste do país, matou um cidadão estrangeiro e sequestrou vários empregados argelinos e de outras nacionalidades.
Segundo um comunicado divulgado pela agência oficial, que não deu detalhes sobre o número nem a identidade dos reféns, unidades do exército e da polícia se deslocaram ao local para prestar segurança no local e "pôr fim rapidamente a esta situação".
Os terroristas, que viajavam em três veículos segundo a versão oficial, chegaram por volta das 5h local (2h, horário de Brasília) ao complexo onde se encontram as instalações da companhia e que abriga também as residências dos trabalhadores.
Os terroristas atacaram, em um primeiro momento, um ônibus da empresa no qual viajavam empregados estrangeiros que tinham saído das instalações e que se dirigiam ao aeroporto da cidade de In Amenas, na província de Ilizi.
No ataque, que "foi repelido pelas unidades de segurança", segundo a nota, morreu um cidadão não argelino, cuja identidade não foi divulgada e outras seis pessoas ficaram feridas, entre elas quatro agentes de segurança argelinos e dois empregados de outra nacionalidade.
O ônibus conseguiu chegar a In Amenas, onde as autoridades locais esperavam os passageiros e as vítimas.
"O grupo terrorista, após esta tentativa, se dirigiu às instalações, sitiou uma zona e pegou um número indeterminado de trabalhadores como reféns, entre eles cidadãos estrangeiros", disse o comunicado, que não ofereceu mais detalhes.
A nota finalmente ressalta que as autoridades estão "seguindo estreitamente" a evolução dos eventos.
Por outro lado, segundo disse à Agência Efe um responsável da guarda fronteiriça líbia, os terroristas atravessaram a fronteira argelina em direção à Tunísia levando vários reféns.
Segundo a fonte, nesta madrugada aconteceu um tiroteio na zona fronteiriça que compartilham Argélia, Tunísia e Líbia, entre membros das forças de segurança líbia e um grupo de homens armados que viajava em dois veículos.
A fonte, que não quis revelar a identidade, afirmou que os dois veículos vinham da Argélia e adentraram em território tunisiano.
Entre os sequestrados há pelo menos um cidadão irlandês, segundo confirmou o Governo deste país e outro poderia ser de nacionalidade norueguesa, segundo denunciou sua esposa ao jornal norueguês "Bergens Tidende".
Desde que ocorrido foi divulgado e sem uma confirmação oficial, vários jornais argelinos deram informações mentirosas sobre a nacionalidade e o número de reféns, entre os quais poderia ter franceses, japoneses e britânicos, segundo estes meios de imprensa. EFE