PEQUIM (Reuters) - A China afirmou nesta sexta-feira estar "extremamente preocupada" com a sugestão de um almirante dos Estados Unidos de que navios e aviões norte-americanos deveriam desafiar reivindicações chinesas sobre o Mar do Sul da China por meio do patrulhamento perto de ilhas artificiais que o país tem construído.
A ação cada vez mais assertiva da China para impor suas demandas de soberania no mar inclui novos usos para terras e a construção de portos e instalações de pouso em vários recifes nas Ilhas Spratly.
Esses esforços irritaram vizinhos da China, em particular as Filipinas, aliadas dos EUA, e aumentaram a preocupação do governo norte-americano.
A China diz que tem soberania indiscutível sobre as ilhas Spratly e nenhuma intenção hostil.
O almirante Harry Harris, comandante das forças norte-americanas no Pacífico, afirmou em audiência no Senado, na quinta-feira, que a construção pela China de três campos de pouso em pequenas ilhas e sua posterior militarização é de "grande preocupação militarmente" e representa uma ameaça a todos os países da região.
Harris afirmou que os Estados Unidos deveriam exercer a liberdade de navegação e voo "no Mar do Sul da China contra essas ilhas que não são ilhas".
O porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei, disse que a China estava "extremamente preocupada" com os comentários e que se opõe a "qualquer país desafiando a soberania e a segurança da China em nome da proteção da liberdade de navegação".
"Exigimos que o país em questão, fale e aja com cautela, respeitando seriamente os interesses de soberania e segurança da China, e não assuma quaisquer atos arriscados ou provocantes", afirmou Hong, em seu contato diário com a imprensa.