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Montadoras esperam alta de 13% na produção de veículos em 2018 puxada por mercado interno

Publicado 05.01.2018, 16:06
Atualizado 05.01.2018, 16:10
© Reuters.  Montadoras esperam alta de 13% na produção de veículos em 2018 puxada por mercado interno

SÃO PAULO (Reuters) - A indústria brasileira de veículos deve elevar a produção para o maior nível em quatro anos em 2018, em um movimento impulsionado pela contínua recuperação do mercado interno, enquanto as vendas ao exterior devem passar por consolidação, reduzindo ritmo de expansão após salto de 25 por cento no ano passado.

O setor, que ainda segue com ociosidade próxima de 50 por cento, é responsável por cerca de 22 por cento do PIB da indústria de transformação do país e por 4 por cento do movimento da economia brasileira.

A expectativa para este ano é elevar a produção em 13,2 por cento, para 3,055 milhões de veículos, com as vendas internas subindo 11,7 por cento, para 2,5 milhões de unidades. As exportações devem avançar 5 por cento, para 800 mil veículos, renovando recorde histórico de 2017, quando o setor vendeu ao exterior 762 mil veículos.

"Podemos exportar mais que isso, mas precisa haver mercado. Em 2018, o crescimento é mais modesto porque precisamos consolidar o que conquistamos em 2017 antes de abrirmos novos mercados", afirmou o presidente da Anfavea, associação que representa as montadoras de veículos, Antonio Megale, a jornalistas.

Em 2017, o setor elevou as exportações para mercados como Uruguai, Colômbia, Peru e Chile, apoiadas também em forte desempenho da economia argentina, que seguiu sendo maior mercado consumidor de veículos produzidos no Brasil.

Megale afirmou que a indústria automotiva, que passou a recorrer mais às vendas externas depois que o mercado brasileiro acumulou quatro anos seguidos de retração, série encerrada em 2017, está agora investindo em frentes de exportação para a África e Oriente Médio.

O objetivo anterior da Anfavea de exportação de 1 milhão de veículos por ano não deve ser alcançado "antes de 2020", disse Megale.

O mais recente acordo comercial conseguido pelo setor foi com a Colômbia, para onde o Brasil poderá exportar este ano 25 mil carros e comerciais leves sem incidência de imposto de importação. Porém, Megale afirmou que o setor pode vender mais de 30 mil veículos ao país vizinho em 2018, incluindo os que ficarão fora da cota, um crescimento de pelo menos 47 por cento sobre 2017.

Na outra ponta, e também apoiada no crescimento do mercado interno e pelo fim de sobretaxa de 30 por cento sobre veículos produzidos no exterior, a participação das importações deve subir para 15 por cento neste ano, estima a Anfavea. Em 2017, a fatia dos importados nas vendas de veículos no Brasil caiu a 10,9 por cento, menor nível desde pelo menos os últimos 10 anos.

Megale afirmou que o crescimento das importações deste ano em parte vai ser suprido por "outras origens" além da Argentina, mas não especificou quais, uma vez que investimentos em novos produtos realizados no país vizinho ainda não estão maduros.

Em 2017, o Brasil terminou na 10ª posição mundial em produção de veículos, com um mercado interno na oitava colocação global. Em 2012, o mercado brasileiro foi o quarto maior do mundo, atingindo pico de 3,8 milhões de unidades.

Segundo o presidente da Anfavea, o mercado brasileiro poderá voltar a atingir recorde entre 2022 e 2025, perspectiva semelhante à divulgada na véspera pela associação de concessionárias do país, Fenabrave, que estima crescimento de 11,8 por cento nas vendas internas em 2018, para 2,5 milhões de veículos.

Mas, diferente da expectativa dos distribuidores de veículos, que também depende da aprovação da reforma da previdência em fevereiro, Megale afirmou que para a Anfavea as projeções das montadoras de veículos estão mais atreladas à expectativa de crescimento de 3 por cento do PIB do país este ano.

"A reforma da previdência direciona o futuro, não o presente. É uma necessidade do país para equacionar o futuro, se não aprovar, terá reflexo no risco-país adiante, pois se não aprovar, o país quebrará em alguns anos", avaliou o presidente da Anfavea.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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