SANTIAGO (Reuters) - Manifestantes protestando contra a migração e o aumento dos crimes bloquearam estradas no norte do Chile nesta sexta-feira, um dia depois de um caminhoneiro cair de uma ponte e morrer após uma discussão com imigrantes, que foram presos posteriormente.
Caminhoneiros bloquearam estradas ao redor das cidades de Antofagasta (LON:ANTO), Iquique e outras da região de mineração. Os voos em Iquique foram suspensos novamente como aconteceu no final de janeiro, quando os caminhoneiros bloquearam estradas na cidade para protestar contra o crime e a migração da Venezuela.
Líderes sindicais dos caminhoneiros em protesto realizaram uma teleconferência com o presidente chileno, Sebastián Piñera, e o ministro do Interior do país.
"Há um pedido por diálogo e pelo entendimento de que, com o diálogo...teremos bons resultados em termos de ordem e segurança pública", disse Máximo Pavez, um representante do gabinete presidencial.
"Pedimos aos agentes locais, sindicatos, autoridades políticas locais que entendam que a violência não é o caminho para resolvermos nossas diferenças", disse Pavez.
Apesar das restrições pandêmicas, os migrantes da Venezuela e de outros lugares continuam chegando ao Chile, um dos países mais ricos de uma região estremecida por protestos contra a desigualdade estrutural.
Muitos migrantes empobrecidos chegam ao Chile e acampam em barracas em praças e outros espaços públicos. Alguns dos moradores locais culpam os recém-chegados por um aumento de atividades criminosas.
A polícia investiga a morte do jovem caminhoneiro na quinta-feira.
(Reportagem de Fabian Andres Cambero)