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Na véspera de nova reunião, Argentina acusa fundos abutre de "extorsão"

Publicado 10.07.2014, 15:46
Atualizado 10.07.2014, 16:01
Na véspera de nova reunião, Argentina acusa fundos abutre de "extorsão"

Buenos Aires, 10 jul (EFE).- O governo da Argentina acusou nesta quinta-feira os fundos especulativos que processaram o país de "extorquir os juízes" e realizar "campanhas mafiosas" na véspera da segunda reunião com o mediador designado pela Justiça americana, Daniel Pollack, em Nova York.

"Não há nenhuma possibilidade de default por parte da Argentina", afirmou taxativamente o chefe de gabinete do governo argentino, Jorge Capitanich em sua entrevista coletiva diária em resposta a um anúncio publicado hoje pelos chamados fundos abutre na imprensa local, no qual advertem do risco de uma moratória "catastrófica".

"A Argentina é um país solvente, tem os recursos necessários para enfrentar seus compromissos e, portanto, pagá-los", continuou o chefe dos ministros argentinos, que acusou os querelantes de pretender "impedir o pagamento" a 92,4% dos credores que aceitaram reestruturar sua dívida.

A American Task Force Argentina, que aglutina a maioria dos fundos especulativos, denunciou que o Executivo liderado por Cristina Kirchner "se dedicou a uma campanha de desinformação" e "segue se negando a negociar com seus credores" o que, segundo sua opinião, conduz o país a um "default catastrófico".

Segundo o anúncio publicado pela organização, o governo poderia aceitar o diálogo "sem afetar suas reservas de maneira significativa" e, em caso positivo, "os benefícios para a Argentina seriam enormes".

Entre eles, citaram "uma baixa de até US$ 70 bilhões em custos de juros nos próximos dez anos, economias anuais de até US$ 825 milhões para as províncias, de até US$ 2 bilhões para as empresas, um alívio imediato da inflação e o fim da necessidade do cerco cambial".

Capitanich respondeu com dureza ao que qualificou como "mentiras" dos fundos especulativos e reiterou que a Argentina tem vontade de dialogar para assegurar condições justas, equitativas e legais para 100% dos credores, mas "não se deixará extorquir".

Durante a entrevista coletiva, o chefe de gabinete destacou que os fundos querelantes, 1% do total dos credores da Argentina, "extorquem os juízes" e "fazem isso por meio de campanhas mafiosas" sobre os parlamentares americanos.

Capitanich ressaltou que o Executivo argentino cumpriu suas obrigações financeiras durante a atual gestão e as versões midiáticas que anunciam uma possível moratória respondem a "uma estratégia deliberada" dos fundos abutre.

A dura troca de acusações entre as partes acontece um dia antes de os funcionários argentinos retomarem a reunião com Pollack em Nova York após a decisão da Justiça americana favorável aos fundos especulativos, que reivindicam US$ 1,3 bilhão mais juros.

O ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, presente no primeiro encontro da segunda-feira passada, não estará na segunda reunião, informou hoje Capitanich, que disse que o governo estará representado por sua "equipe econômica e jurídica".

O juiz nova-iorquino Thomas Griesa paralisou há duas semanas o pagamento que o Estado argentino devia realizar em 30 de junho aos detentores de bônus reestruturados nas trocas de 2005 e 2010, que equivalem a 92,4% dos credores.

Segundo a ordem do juiz, a Argentina deve pagar antes ou, como muito, de maneira simultânea (segundo a cláusula "pari passu"), aos credores que não aceitaram a troca de dívida antes de 30 de julho.

O Executivo argentino insiste que a decisão de Griesa é "de cumprimento impossível" e solicita ao magistrado que dite uma medida cautelar que deixe em suspenso a sentença enquanto durar a negociação.

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