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Índice do BC aponta queda no 4º tri e contração da economia de 0,12% no Brasil em 2014

Publicado 12.02.2015, 13:47
© Reuters. Vista da sede do Banco Central em Brasília

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - A atividade econômica brasileira recuou 0,55 por cento em dezembro e encerrou o quarto trimestre e 2014 com contração, mostraram dados do Banco Central nesta quinta-feira, o primeiro resultado negativo anual desde 2009, auge da crise financeira internacional.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do BC --considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB)-- apontou que o quarto trimestre fechou com queda de 0,15 por cento em relação aos três meses anteriores segundo dados dessazonalizados, depois de alta de 0,48 por cento no terceiro trimestre sobre o segundo, de acordo com os números do BC.

Para todo o ano de 2014, o indicador indicou que a economia brasileira registrou retração de 0,12 por cento.

O resultado de dezembro do IBC-Br destaca a debilidade da atividade no final do ano passado, ao mostrar enfraquecimento em relação ao dado mensal de novembro, apesar de ter sido um pouco melhor do que a mediana das 21 expectativas em pesquisa da Reuters de queda de 0,8 por cento.

O cenário do final de 2014 fica ainda pior com a revisão pelo BC do número mensal de novembro para estagnação, após variação positiva de 0,04 por cento divulgada anteriormente.

"O número reforça o quadro negativo da atividade econômica em 2014. Estes dados são compatíveis com nossa expectativa de aumento do PIB de 0,1 por cento no quarto trimestre e variação zero em 2014", apontou a consultoria Rosenberg & Associados em nota assinada pela economista-chefe Thais Marzola Zara.

Na comparação com dezembro de 2013, o IBC-Br --que incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre os produtos-- teve queda de 0,12 por cento, também em dados dessazonalizados.

RISCOS

A economia brasileira patinou durante 2014, afetada pela confiança baixa tanto de empresários quanto de consumidores diante do cenário de inflação alta, crescimento baixo e juros elevados.

A indústria exerceu um dos maiores pesos sobre a atividade, tendo fechado 2014 com queda de 3,2 por cento, o pior resultado em cinco anos e com forte debilidade dos investimentos, após recuo de 2,8 por cento em dezembro.[nL1N0VD0V4]

O varejo também enfrentou um ano complicado. Embora tenha terminado 2014 com crescimento nas vendas de 2,2 por cento, este foi o desempenho mais fraco em 11 anos e com queda recorde de 2,6 por cento em dezembro sobre novembro.[nL1N0VL15C]

O IBGE divulga os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre e de 2014 fechado no dia 27 de março.

No terceiro trimestre, segundo os cálculos do IBGE, o país cresceu apenas 0,1 por cento na comparação com os três meses anteriores, saindo da recessão técnica pela margem mínima, mas esse número ainda pode ser revisado.

© Reuters. Vista da sede do Banco Central em Brasília

Pesquisa Focus do BC mostra que a expectativa do mercado é de que, em 2014, a expansão do PIB tenha sido de 0,07 por cento.[nEMNF260S2]

Para este ano a projeção no Focus é ainda pior, de variação zero para o PIB. Mas especialistas destacam que os riscos de racionamento de energia elétrica e água podem afetar ainda mais a economia.

O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves, projeta recuo do PIB de 0,1 por cento em 2014 e queda de 0,5 por cento em 2015, "sendo que os riscos de racionamento de energia elétrica e de água podem levar o PIB a recuar até 1,5" neste ano.

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