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Opositores da UE ganham força na Eurocâmara, mas crescem menos que o previsto

Publicado 27.05.2019, 16:57
Opositores da UE ganham força na Eurocâmara, mas crescem menos que o previsto

Bruxelas, 27 mai (EFE).- A onda anti-União Europeia (UE) que prometia invadir as urnas nas eleições para a Eurocâmara não causou a destruição esperada, mas triunfou em dois dos fundadores do bloco - Itália e França - e conseguiu vitórias arrasadoras em países-chave do leste do continente, como Hungria e Polônia.

O Liga Norte, liderado pelo vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, e o Reunião Nacional da França, de Marine Le Pen, são os dois principais responsáveis pela ascensão meteórica da bancada ultradireitista do Europa das Nações e da Liberdade (ENF), que passará de 36 para 57 cadeiras na Eurocâmara.

Os dois países, parte do núcleo duro da UE, têm agora como principais representantes no Parlamento Europeu partidos que se opõem a uma maior integração do bloco e que adotam respostas populistas para lidar com problemas como a imigração.

No Reino Unido, o recém-criado Partido do Brexit, de Nigel Farage, um dos principais defensores da saída do país da UE, obteve uma vitória arrasadora e terá 29 cadeiras na Eurocâmara, superando conservadores e trabalhistas, as duas forças políticas mais tradicionais do país.

Os "tories", liderados até às vésperas da eleição pela agora ex-primeira-ministra britânica, Theresa May, terão 15 eurodeputados a menos. Entre os opositores trabalhistas, as perdas foram menores - oito cadeiras -, mas ainda assim relevantes.

No leste, o Fidesz, do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que defende abertamente posturas populistas e de extrema direita que provocaram a expulsão da legenda do Partido Popular Europeu (PPE), conquistou 13 das 21 cadeiras do país na Eurocâmara.

Orbán ainda não disse se seguirá no PPE ou se pretende se unir à aliança ultranacionalista que Salvini, Le Pen e outros pretendem criar. Caso isso ocorra, o grupo se tornará um ator relevante dentro da Eurocâmara e diminuiria o peso do PPE, que já perdeu 34 cadeiras no pleito, como partido majoritário no Parlamento.

Na Polônia, o nacionalista-conservador Lei e Justiça (PiS), que governa o país, obteve 45,6% dos votos e terá 27 eurodeputados.

Já na Grécia, o neonazista Amanhecer Dourado perdeu a metade do apoio que obteve nas eleições de 2014 e acabou com apenas 4,8% dos votos no pleito de ontem. No entanto, um partido de orientação similar, o Solução Grega, criado a partir por se opor ao acordo que mudou o nome da Macedônia para a Macedônia do Norte, levou 4% da preferência do eleitorado e também terá representação no parlamento.

Outra derrota para os direitistas veio na Eslováquia. O Partido Social-Democrata (SMER), que governa o país, obteve apenas 15,7% dos votos, o pior resultado eleitoral da legenda em muitos anos.

No entanto, o Partido Popular Nossa Eslováquia (LSNS), liderado pelo extremista Martin Kotleba, ficou com 12%, dez pontos percentuais, dez pontos percentuais a mais do que em 2014, e passará a ter duas cadeiras no Parlamento Europeu.

As vitórias de partidos pró-Europa em outros países-chave, como a Espanha, e recuo da extrema direita na Áustria e na Holanda, foram alguns dos fatores responsáveis por conter a expansão da onda extremista por todo o continente.

O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), do presidente do governo, Pedro Sánchez, obteve um resultado melhor que o previsto nas pesquisas e conquistou 20 dos 54 cadeiras em disputa no país. Além disso, o Vox não repetiu os resultados das eleições nacionais e só terá direito a enviar três representantes para Bruxelas.

Em Portugal, a legenda mais votada foi o Partido Socialista, do primeiro-ministro António Costa, de acordo com os resultados provisórios. Mas o destaque está na queda do principal partido de oposição, o PSD, de centro-direita, em uma eleição que teve uma abstenção histórica, de 68%.

Na Alemanha, embora a ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD) tenha subido quatro pontos percentuais em relação à última eleição europeia, para 11%, a coalizão mais votada foi a liderada pela União Democrata-Cristã (CDU), da chanceler Angela Merkel.

Além disso, o país optou em peso por dar um voto de confiança aos Verdes, que duplicaram as cadeiras que tinham na Eurocâmara até então, e se tornaram a segunda maior bancada da Alemanha, ultrapassando o tradicional Partido Social-Democrata (SPD).

Na Dinamarca, o xenofóbico Partido Popular Dinamarquês, que venceu as últimas eleições europeias no país, obteve 11,8% dos votos, menos da metade que o conquistado em 2014.

Os grandes vencedores foram os social-democratas, com 23,6% da preferência do eleitorado, e quatro cadeiras na Eurocâmara.

O mesmo se repetiu na Suécia, onde o Partido Social-Democrata liderou o pleito com 25,1% dos votos. O ultradireitista Democratas da Suécia ficou apenas com a terceira colocação, com 16,9%.

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