RIO DE JANEIRO (Reuters) - O número de desempregados no país chegou a 14 milhões na quarta semana de setembro, número recorde mas sem variação estatística relevante sobre a semana anterior, segundo a última pesquisa Pnad Covid semanal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira.
Apesar da estabilidade, o instituto disse haver sinais de aumento de pessoas buscando emprego em meio a medidas de flexibilização das restrições ao contato social.
A taxa de desocupação ficou em 14,4% na quarta semana, frente a 13,7% no período anterior, quando foram computados 13,3 milhões de desempregados.
No início de maio, em meio a medidas mais restritivas para a movimentação de pessoas e o contato pessoal no país por causa da pandemia da Covid-19, a Pnad Covid semanal apontava uma taxa de desocupação de 10,5 % e 9,8 milhões de desempregados.
Com a flexibilização da quarentena e retomada parcial das atividades econômicas e produtivas, era esperado que um aumento na procura por trabalho contribuísse para a elevação das taxas de desemprego.
“Embora as informações sobre a desocupação tenham ficado estáveis na comparação semanal, elas sugerem que mais pessoas estejam pressionando o mercado em busca de trabalho, em meio à flexibilização das medidas de distanciamento social e à retomada das atividades econômicas”, disse a coordenadora da pesquisa do IBGE, Maria Lucia Vieira.
Na quarta semana de setembro, cerca de 25,6 milhões de pessoas que estavam fora da força de trabalho --sem emprego nem procurando por um-- disseram que gostariam de trabalhar. Desse total, cerca de 15,3 milhões de pessoas disseram que não estavam buscando trabalho por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam. Esses números ficaram estáveis em relação à semana anterior.
(Por Rodrigo Viga Gaier)