📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

Partido Solidariedade pede ao STF que dê efeito retroativo à correção do FGTS pela inflação

Publicado 14.10.2024, 14:20
© Reuters.  Partido Solidariedade pede ao STF que dê efeito retroativo à correção do FGTS pela inflação

O Solidariedade pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que dê efeitos retroativos à decisão que determinou a correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em valor que garanta, no mínimo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para a legenda, os efeitos devem alcançar os trabalhadores que haviam ajuizado ações para questionar a correção do FGTS pela Taxa Referencial (TR) mais 3% antes da decisão da Corte. A legenda entrou com "embargos de declaração", tipo de recurso que visa sanar omissões e contradições de decisões do Supremo.

O partido argumentou que os trabalhadores que ingressaram na Justiça tinham a expectativa que os efeitos da decisão seriam aplicados de forma retroativa. "Tal expectativa está, inclusive, alinhada com a prática jurisprudencial desta Corte. Portanto, é essencial que essa posição seja revista, reconhecendo a legitimidade dos questionamentos apresentados nas ações judiciais em curso", sustentou.

A legenda também apontou que, muitas vezes, a modulação de efeitos (instrumento que restringe a eficácia de uma decisão, limitando sua validade apenas para o futuro) "tem o objetivo de reduzir o impacto financeiro para o Estado" e que essa abordagem "tem gerado significativos prejuízos para aqueles que estão em litígio contra a Fazenda Pública".

Em junho, o Supremo acolheu em parte uma ação do Solidariedade e decidiu que a correção dos saldos FGTS deve garantir ao menos a reposição da inflação. O resultado atendeu à proposta apresentada pela Advocacia-Geral da União (AGU) após negociação com centrais sindicais. A União estimava impacto de R$ 295 bilhões para os cofres públicos caso o Supremo determinasse a correção retroativa até 1999.

A proposta que foi encaminhada pela AGU ao STF tinha a sugestão de que eventuais perdas passadas fossem equacionadas administrativamente. A ideia era um depósito extraordinário de valores do FGTS direto nas contas dos trabalhadores, mas a solução não foi adotada pela Corte e o depósito extraordinário foi descartado pela AGU.

O Solidariedade ainda sustentou que o Supremo foi omisso ao deixar de discutir o papel do Conselho Curador do Fundo, que será o responsável por determinar a forma de compensação quando a remuneração das contas de FGTS não alcançar o IPCA. Para o partido, tal atribuição distorce a função original do órgão e pode criar uma "instabilidade econômica tanto para os trabalhadores quanto para o próprio fundo".

"Qualquer compensação arbitrária devido à defasagem inflacionária pode comprometer a viabilidade do fundo, impactando diretamente os recursos destinados a políticas públicas fundamentais. Dessa forma, o Conselho Curador, enquanto instância de gestão e fiscalização, não deve ser encarado como solução para a questão inflacionária, que exige um debate adequado nas esferas legislativas e judiciais competentes", diz a petição.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.