Por Lucia Mutikani
WASHINGTON, (Reuters) - Milhões mais de norte-americanos entraram com pedidos de auxílio-desemprego na semana passada conforme as solicitações em atraso continuam a ser liberadas e os problemas causados pelo coronavírus provocam uma segunda onda de demissões, indicando outro mês de fortes perdas de empregos em maio.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 2,438 milhões em dados ajustados sazonalmente na semana encerrada em 16 de maio, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.
Os dados da semana anterior foram revisados para mostrar 2,687 solicitações em vez de 2,981 milhões informados antes.
Economistas consultados pela Reuters projetavam um total de 2,4 milhões de pedidos na semana passada.
O relatório de pedidos de auxílio-desemprego, os dados mais oportunos sobre a saúde da economia, poderia oferecer pistas sobre a rapidez com que as empresas recontratam trabalhadores à medida que reabrem e sobre o sucesso do programa de proteção de emprego do governo.
Uma ampla quarentena no país em meados de março para conter a disseminação do Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, resultou no pior desemprego desde a Grande Depressão.
"Nenhum desses Estados possuía sistemas criados para processar a quantidade sem precedentes de reivindicações de uma só vez, por isso há atrasos", disse Steve Blitz, economista-chefe da TS Lombard em Nova York. "Continuamos a ler sobre empresas que cortam sua força de trabalho, e são empresas que não foram imediatamente afetadas pela contração decorrente do Covid-19."
As reivindicações vêm diminuindo gradualmente desde que atingiram o recorde de 6,867 milhões na semana encerrada em 28 de março.
O relatório de pedidos de auxílio-desemprego da semana passada cobriu o período em que o governo pesquisou estabelecimentos comerciais para o relatório de criação de vagas fora do setor agrícola de maio. A economia perdeu um recorde de 20,5 milhões de empregos em abril, acima da perda de 881.000 posições em março.