PEQUIM (Reuters) - A atividade no vasto setor manufatureiro da China provavelmente encolheu em fevereiro no ritmo mais rápido desde a crise financeira global, num mês em que o coronavírus suspendeu grandes movimentações de mercadorias e pessoas na maior parte do país.
A projeção é que o Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) da China caia acentuadamente para 46 --nível não visto desde janeiro de 2009--, ante 50 do mês anterior, segundo a previsão feita com 25 economistas consultados pela Reuters. A marca neutra de 50 pontos separa crescimento de contração.
Dados oficiais mostraram que os níveis de produção das pequenas e médias empresas chinesas, um importante setor empregador, eram de apenas 32,8% até quarta-feira, enquanto a maioria dos trabalhadores migrantes --incluindo os de Hubei-- ainda não retornaram ao trabalho.
Analistas dizem que Pequim está ciente das pressões depois de lançar uma série de medidas para apoiar a economia. O banco central da China afirmou que garantiria ampla liquidez por meio de cortes no depósito compulsório para os bancos e de uma redução significativa nos custos de financiamento para as empresas.
O índice de gerentes de compras (PMI) da Caixin/Markit para o setor privado manufatureiro chinês, previsto para domingo (de Brasília), também deve apresentar contração semelhante, para 45,7, em comparação a 51,1 em janeiro.
Os PMIs oficiais dos setores manufatureiro e de serviços serão divulgados nesta sexta à noite (de Brasília).
(Reportagem de Stella Qiu e Ryan Woo)