Por Jonathan Cable
LONDRES (Reuters) - O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) vai esperar até o início do próximo ano antes de aumentar os custos dos empréstimos, mais tarde do que o esperado, enquanto aguarda mais informações sobre o impacto econômico da nova variante Ômicron do coronavírus, revelou uma pesquisa da Reuters.
Numa sondagem em novembro, uma pequena maioria dos economistas esperava alta de 0,10% para 0,25% no juro em 16 de dezembro. Mas desde então o membro do BoE Michael Saunders, que votou por um aumento da taxa de juros no mês passado, disse que queria mais detalhes sobre a nova variante antes decidir como votar neste mês.
No mês passado, o BoE surpreendeu os mercados, que haviam previsto elevação do juro, ao deixar a taxa parada. Os preços de mercado agora mostram cerca de 50% de probabilidade de mudança no patamar dos custos dos empréstimos neste mês.
Na pesquisa de 6 a 8 de dezembro, 25 economistas disseram que a taxa de juros seria mantida em 0,10% na próxima semana, enquanto 21 previram aumento para 0,25%. Em novembro, a divisão era de 26 a favor de um aumento, contra 21 que não esperavam nenhuma mudança.
Considerando os participantes comuns nesta e nas pesquisas anteriores, uma pequena maioria --15 de 27-- ainda esperava um aumento do juro neste mês.
Mas o primeiro movimento provavelmente ocorrerá em fevereiro, quando o BoE publicar seu relatório trimestral de política monetária. Isso deixaria o BC inglês bem à frente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) --que não deve agir antes do terceiro trimestre-- e de outros pares importantes.