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Indústria e agro pesam e PIB do Brasil recua 0,1% no 2º trimestre

Publicado 01.09.2021, 09:12
Atualizado 01.09.2021, 10:25
© Reuters. Colheita de soja
 24/3/2018 REUTERS/Roberto Samora

Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO (Reuters) - Desempenhos fracos da indústria e da agropecuária ofuscaram a força de serviços e a economia brasileira registrou leve queda no segundo trimestre deste ano, perdendo força em relação ao início de 2021 e estabilizando-se depois de três trimestres seguidos de crescimento.

Entre abril e junho, o Produto Interno Bruto brasileiro registrou queda de 0,1%, mostrando perda de força depois de uma expansão de 1,2% no primeiro trimestre.

A leitura divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) frustrou a expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,2%.

Na comparação com o segundo trimestre de 2020, o PIB registrou alta de 12,4%, contra expectativa de crescimento de 12,8% nessa base de comparação. Essa é a maior taxa da série iniciada em 1996, devido à base baixa de comparação.

Com esse resultado, o PIB acumulou no primeiro semestre crescimento de 6,4% em relação ao mesmo período de 2020. A atividade econômica continua no patamar do fim de 2019 ao início de 2020, período pré-pandemia. Mas ainda está 3,2% abaixo do ponto mais alto, alcançado no primeiro trimestre de 2014.

Depois de um começo de ano cheio de incertezas, o Brasil seguiu vivendo no segundo trimestre restrições para controle da pandemia, que aos poucos foram sendo relaxadas.

Mas ao mesmo tempo o país passou a sofrer com um forte aumento da inflação, em meio à alta do dólar e dos preços das commodities no exterior, bem como dificuldades nas cadeias globais de suprimentos. Reajustes da gasolina e das contas de luz também pesaram nos bolsos dos consumidores, com o fantasma da escassez hídrica no radar.

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"Cada vez mais os efeitos (da pandemia) vão se dissipando e as explicações (para esse resultado) vão sendo ampliadas para além dela, com juros, crédito, mercado de trabalho e inflação", avaliou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

 

SERVIÇOS

O destaque no período foi serviços, diante da reabertura da economia com o alívio nas medidas de contenção da Covid-19, depois de este ter sido o setor mais afetado pela pandemia.

No segundo trimestre, os Serviços apresentaram crescimento de 0,7% em relação aos três primeiros meses do ano, repetindo a taxa vista nos três primeiros meses do ano nessa base de comparação.

Os melhores resultados foram de informação e comunicação (+5,6%), outras atividades de serviços (+2,1%). O setor de serviços, entretanto, ainda está 0,9% abaixo do nível pré-pandemia.

Mas o número trimestral foi apagado pelas retrações de 0,2% na Indústria e de 2,8% da Agropecuária, que sofreu com questões climáticas e ainda teve a safra de café em bienalidade negativa.

No setor industrial, o peso veio das quedas de 2,2% nas indústrias de transformação em meio à falta de insumos e de 0,9% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos com o aumento no custo de produção por conta da crise hídrica.

Essas retrações compensaram a alta de 5,3% nas indústrias extrativas e de 2,7% na construção.

Do lado das despesas, a Formação Bruta de Capital Fixo, uma medida de investimento, despencou 3,6% no segundo trimestre sobre o período anterior, depois de ter avançado 4,8% no primeiro.

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As Despesas das Famílias ficaram estagnadas, ainda sob impacto dos efeitos da pandemia, e as do Governo aumentaram 0,7%.

“O consumo das famílias pesa mais de 60% no PIB. Apesar dos programas de auxílio do governo, do aumento do crédito a pessoas físicas e da melhora no mercado de trabalho, a massa salarial real vem caindo, afetada negativamente pelo aumento da inflação. Os juros também começaram a subir. Isso impacta o consumo das famílias”, explicou Palis.

Em relação ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 9,4%%, a maior variação desde o primeiro trimestre de 2010, enquanto as importações diminuíram 0,6%.

 

SEGUNDO SEMESTRE

As preocupações com o avanço da vacinação no início do ano deram lugar aos temores em relação à inflação, carregando esse peso para o terceiro trimestre. Preocupado com esse cenário, o Banco Central vem elevando a taxa básica de juros, que saltou de 2,0% no início do ano para 5,25% na última reunião, no começo de agosto.

Para domar as pressões inflacionárias, o BC já apontou que a necessidade agora é de uma taxa básica de juros acima do patamar neutro, ou seja, em nível suficiente para desaquecer a economia.

Além da inflação persistente, turva o cenário para o segundo semestre a seca que afeta o abastecimento de energia elétrica e a agricultura --foi determinada na véspera a implementação da bandeira tarifária "escassez hídrica", que trará aumento adicional de 6,78% na tarifa média dos consumidores regulados.

A questão fiscal permanece ainda na lista de preocupações e ganhando mais um capítulo --os precatórios. A proposta de parcelamento dos pagamentos de precatórios, encaminhada pelo governo ao Congresso, eleva as dúvidas sobre a capacidade da União de honrar suas obrigações e respeitar o teto de gastos.

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O cenário à frente ainda é marcado por aumento da tensão política, com ameaças feitas pelo presidente Jair Bolsonaro caso não fosse adotado o voto impresso, chegando a colocar em dúvida a realização das eleições do ano que vem, bem como os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Ainda assim, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou que a perspectiva para o PIB continua sendo de um crescimento acima de 5% no ano.

Últimos comentários

Faz arminha que a economia melhora rapidinho. ueueueue
O brasileiro tá tão carente de um PIB digno que fica choramingando o resultado de -0.1 contra a expectativa de +0.2... .. . Tanto essa meta quanto esse resultado são ambos HORRÍVEIS!
Ué, o Jegues não falou que a economia está voando e que iria surpreender? Surpresa por estar pior do que a estimativa do BC e do mercado? Voando, apesar de termos uma das piores taxas de desemprego, inflação e mortes do MUNDO? O mundo todo esta passando pela pandemia, mas, por aqui, temos o Rei da Rachadinha...
Tendo em vista a atual situação, não foi tão ruim, praticamente estável. A tendência é tudo voltar ao normal, e o crescimento virá junto.
🇧🇷Bom dia, 🇧🇷Patriotas venho aqui dizer que vcs foram convocados para o gigante 7 de setembro vamos sair às ruas para agradecer ao nosso 🇧🇷Mito🇧🇷 pelo aumento no preço da gasolina, aumento do desemprego, aumento da inflação, aumento da conta de energia, preço da carne, óleo e tudo isso que está aí aumentando, talkey. Conto com a presença de todos. Antes que eu me esqueça eu vi um Pastor dizer lá no Facebook e no YouTube que tudo isso é culpa do STF e dos C,om,u,nis,tas.
Tem que agradecer ao Carioca do Pânico, que criou esse tal mito.Antes, era apenas um deputado adormecido no congresso por 27 anos.
Até que não foi tão ruim...se não faltar energia volta a crescer nesse trimestre!
Como não foi tão ruim assim ? O PIB do Brasil está bem longe do que em 2018 e bem mais ainda do que em 2013
é sério q vc ta comparando um ano pandémico com outros anos? kkkkkkkkk as-no!!!
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