(Embargada até as 13h30 deste sábado).
Washington, 24 set (EFE).- O Banco Mundial (BM) aumentou neste sábado para US$ 1,88 bilhão sua ajuda econômica para combater a grave seca que afeta os países do Chifre da África e contribuir para elevar a segurança alimentar na região.
A nova doação mais que triplica os recursos destinados à zona afetada pela crise de fome, depois dos mais de US$ 500 milhões anunciados pelo organismo em julho.
O desembolso será feito em três fases, a primeira delas de "resposta rápida", que acontecerá no ano fiscal de 2012 - até junho - e porá à disposição dos países afetados um montante de US$ 288 milhões.
Uma segunda fase, dotada de US$ 384 milhões, se estenderá até o final do ano fiscal de 2014, e estará focada na recuperação econômica da região.
Por fim, o BM iniciará um terceiro desembolso de US$ 1,2 bilhão para atenuar os estragos da seca a longo prazo.
"O Banco Mundial apoia a chamada comum à ação liderada pelas agências humanitárias da ONU, com incondicional respaldo de Reino Unido, Austrália, Comissão Europeia, Estados Unidos e outros", indicou no comunicado o presidente do BM, Robert Zoellick.
Com relação ao desastre atual, acrescentou Zoellick, o objetivo do organismo é "ajudar a construir uma capacidade de resistência" para o futuro.
O Banco Mundial determinou os novos fundos "a partir dos relatórios preliminares de necessidades elaborados por analistas" da instituição em Djibuti, Etiópia, Quênia, Uganda e campos de refugiados da Somália.
"Nossa prioridade mais urgente é salvar vidas, reabilitar os salários e devolver a capacidade produtiva a famílias e negócios", indicou, por sua parte, o vice-presidente do BM para a África, Obiageli Ezekwesili.
A Somália é o país mais afetado pela fome e a seca que castiga o Chifre da África, onde mais de 13 milhões de pessoas padecem uma crise humanitária, segundo números das Nações Unidas.
As agências da ONU ainda esperam US$ 1 bilhão de países doadores e organizações para ajudar a região a fazer frente à ameaça de crise alimentícia. EFE