Por Jamie McGeever
BRASÍLIA (Reuters) - A atividade do setor de serviços no Brasil se expandiu em agosto pelo segundo mês consecutivo, mostrou uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira, embora o ritmo de crescimento tenha diminuído.
O índice IHS Markit para o setor de serviços do Brasil caiu para 51,4, de 52,2 em julho, a segunda leitura consecutiva acima de 50,0, o que indica pelo menos uma consolidação do crescimento econômico mais amplo no terceiro trimestre do ano.
Leituras acima de 50,0 indicam expansão da atividade e abaixo, contração.
Os serviços representam mais de 70% de toda a atividade econômica no Brasil.
Também nesta semana, dados do IHS Markit mostraram que o setor manufatureiro brasileiro cresceu em agosto no ritmo mais rápido desde março.
Com isso, o PMI composto do Brasil subiu para 51,9 em agosto, também o mais alto desde março.
A economia do Brasil cresceu 0,4% no segundo trimestre, uma recuperação surpreendentemente forte ante a contração do primeiro trimestre, o que significa que uma recessão foi confortavelmente evitada. Os dados do PMI referentes aos dois primeiros meses do terceiro trimestre apontam um crescimento contínuo.
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As novas encomendas empresariais aumentaram pelo segundo mês consecutivo, mas novos pedidos do exterior caíram pelo sexto mês consecutivo, informou o IHS Markit. Desde março de 2015, os novos pedidos de exportação aumentaram apenas duas vezes.
Mas o elo mais fraco do setor de serviços do Brasil continua sendo o emprego. Embora o subíndice de emprego em serviços tenha em agosto quebrado uma série de cinco meses de leituras abaixo de 50, subiu para apenas 50,5, refletindo um ritmo extremamente lento de contratação.
O índice de emprego em serviços só ficou acima de 50,0 três vezes desde que o Brasil saiu da severa recessão de 2015-16. A última vez que esteve acima do nível de 50,5 marcado em agosto foi há quatro anos e meio, em fevereiro de 2015, mostram os dados do IHS Markit.