O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, voltou nesta quinta-feira, 29, a demonstrar preocupação com a falta de sinais de melhora na política fiscal nos Estados Unidos.
O banqueiro central, que participou até há pouco de painel sobre as estratégias para a economia no CNN Talks, evento realizado em São Paulo nesta noite, disse que o ponto de atenção reside no fato de que o debate político nos Estados Unidos tem propostas inflacionárias.
Campos Neto já tinha feito essa mesma leitura sobre os EUA nesta quarta-feira, 28, durante a 25ª Conferência Anual do Banco Santander (BVMF:SANB11).
"Não há sinais de melhora na política nos EUA e ninguém está preocupado em frear isso. O ponto de atenção é que o debate político nos EUA tem propostas inflacionárias", reiterou o banqueiro central. Ainda, segundo Campos Neto, países com risco mais alto, como é o caso dos EUA, não conseguem rolar dívida e essa é a primeira rachadura de mundo endividado. O ponto positivo para efeito de impacto na economia mundial é que a atividade nos EUA mostra clara tendência de desaceleração.
Ao se referir ao comportamento altista da Bolsa de Valores americana, Campos Neto entende que ele se dá baseada em tecnologia, o que leva ao questionamento sobre se essa alta é sustentável.