WASHINGTON (Reuters) - Os preços ao consumidor dos Estados Unidos aceleraram a alta em novembro em meio a uma recuperação dos preços da gasolina, mas a queda nos custos de saúde e vestuário limitou as pressões de inflação.
O Departamento do Trabalho informou nesta quarta-feira que o Índice de Preços ao Consumidor subiu 0,4 por cento no mês passado, após alta de 0,1 por cento em outubro. Isso levou o crescimento na comparação anual para 2,2 por cento, de 2,0 por cento em outubro. O avanço ficou em linha com as expectativas dos economistas.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, os preços ao consumidor subiram 0,1 por cento à medida que os preços das tarifas aéreas e de móveis domésticos caíram. No mês anterior, o chamado núcleo do CPI avançou 0,2 por cento. Como resultado, o avanço anual do núcleo desacelerou para 1,7 por cento no mês passado, de 1,8 por cento em outubro.
A moderação no núcleo do CPI deve atrair a atenção dos dirigentes do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, na reunião política monetária de dois dias nesta quarta-feira. Algumas autoridades do Fed se preocupam que os fatores que puxaram a inflação para baixo nos últimos meses possam ser mais persistentes. Mas eles podem obter algum conforto do relatório de terça-feira que mostrou um amplo avanço nos preços ao produtor em novembro.
Espera-se que o Fed eleve os juros nesta quarta-feira, encorajado pelo aperto do mercado de trabalho e pelo fortalecimento da economia, o que as autoridades acreditam que impulsionará a inflação ao longo do tempo. O banco central elevou os custos dos empréstimos duas vezes neste ano e prevê três aumentos em 2018.
Os preços da gasolina subiram 7,3 por cento em novembro, depois de cair 2,4 por cento em outubro, enquanto os preços dos alimentos se mantiveram pelo segundo mês consecutivo. O custo dos aluguéis subiu 0,3 por cento, mesma alta de outubro.
(Por Lucia Mutikani)