BRUXELAS (Reuters) - Os preços ao produtor da zona do euro subiram levemente em julho, após quatro meses de queda, mas apenas por causa do aumento da energia, mostraram nesta terça-feira estimativas oficiais, num sinal de inflação futura muito limitada no bloco.
O escritório de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, informou que os preços nos portões das fábricas nos 19 países que compartilham o euro subiram 0,2% em julho, em linha com as expectativas do mercado.
O aumento modesto em julho veio após quatro quedas mensais consecutivas nos preços industriais, incluindo uma baixa de 0,6% em junho.
O aumento de julho foi impulsionado por uma elevação nos preços da energia (mais voláteis), que subiram 1,0%, após uma queda de 2,2% em junho. Excluindo esse componente, os preços ao produtor caíram 0,1% no mês, em novo sinal de pressão inflacionária persistentemente fraca.
Os preços ao produtor são um indicador de tendências da inflação ao consumidor, que o Banco Central Europeu (BCE) deseja manter abaixo, mas perto de 2% no médio prazo.
A inflação na zona do euro permaneceu baixa em 1,0% em agosto, de acordo com a última leitura do Eurostat.
Os preços de bens de consumo duráveis e não duráveis permaneceram inalterados em julho e os bens de capital, como máquinas, aumentaram apenas 0,1%. Os preços dos bens intermediários caíram 0,3% no mês.
O aumento anual dos preços ao produtor também foi de 0,2%, também em linha com as expectativas. Os preços têm desacelerado a alta constantemente em relação ao pico de 3,0% de 2019, em fevereiro.
(Por Francesco Guarascio)