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Produção de veículos no Brasil cai 9,2% em setembro, mas setor segue vendo recuperação

Publicado 05.10.2017, 13:35
Atualizado 05.10.2017, 13:40
© Reuters. Carros novos estacionados em pátio da montadora alemã Volkswagen em Taubaté, no Estado de São Paulo, Brasil

Por Alberto Alerigi Jr.

SÃO PAULO (Reuters) - A indústria de veículos do Brasil registrou quedas de produção, vendas e exportações em setembro ante agosto, mas a entidade que representa o setor, a Anfavea, segue avaliando que as montadoras mantêm tendência de recuperação iniciada em maio deste ano.

A produção de setembro caiu 9,2 por cento ante agosto, as vendas recuaram 8 por cento e as exportações em unidades tiveram baixa de 10 por cento.

Questionado por jornalistas se a indústria espera uma desaceleração das vendas no mercado interno nos próximos meses até o final do ano, o primeiro-vice-presidente da Anfavea, Rogelio Golfarb, afirmou que o tradicional crescimento de licenciamentos visto ao final de cada ano, pode ser menos intenso em 2017.

"Estamos em um processo de recuperação, mas os números de crescimento não necessariamente são sustentáveis nesta magnitude. Vai ter a sazonalidade normal do ano, mas não nos ritmos que estamos vendo até aqui", disse Golfarb.

A entidade havia revisto para cima, no início do mês passado, suas projeções para 2017, mas a alta na expectativa para a produção, de crescimento de 25,2 por cento no ano, ficou agora abaixo da expansão de 27 por cento vista de janeiro a setembro. Já a expectativa para as vendas no mercado interno, de aumento de 7,3 por cento em 2017, ficou ligeiramente atrás da evolução de 7,4 por cento vista até setembro.

"A partir de maio passamos a ver ritmo de recuperação e isso deve continuar até o final do ano, mas em magnitudes menores do que vimos até setembro", disse o vice-presidente da Anfavea.

Na véspera, a diretora-geral da Peugeot do Brasil, Ana Theresa Borsari, afirmou que a recuperação dos licenciamentos de veículos neste ano está sendo puxada pelas vendas para pessoas jurídicas, principalmente locadoras de automóveis, que tipicamente geram margens menores para as montadoras.

“Há alguns primeiros indicadores que começam a ser favoráveis o que nos leve a acreditar em uma retomada (do mercado), mas, diferente de anos anteriores, será uma retomada muito mais lenta no canal de pessoa física”, disse Borsari, na véspera.

Segundo a Anfavea, na comparação com setembro de 2016, que foi o mês mais fraco do ano passado para o setor, as vendas de veículos no Brasil subiram 24,5 por cento, para 199,2 mil unidades; e a produção teve avanço de 39,1 por cento, para 236,9 mil. Já as exportações tiveram salto de 52,2 por cento na comparação anual, para 60.049 unidades.

Em 2016, as vendas de veículos no mercado interno do quarto trimestre subiram 3 por cento sobre os três meses anteriores, para 541,5 mil veículos. O movimento se acelerou em dezembro, que teve vendas de 204 mil unidades, maior marca de 2016.

© Reuters. Carros novos estacionados em pátio da montadora alemã Volkswagen em Taubaté, no Estado de São Paulo, Brasil

Faltando pouco menos de três meses para o final do ano, o setor precisa obter vendas de 143,3 mil veículos em outubro, novembro e dezembro para empatar as vendas do ano com 2016. A média de vendas mensal no acumulado de 2017 até o final de setembro está em 180 mil unidades, ante 171 mil por mês em 2016.

O setor automotivo, responsável por pouco mais de 20 por cento do produto interno bruto industrial do país, acumula quatro anos seguidos de quedas nas vendas.

A indústria terminou setembro com 126,3 mil funcionários ocupados, pouco acima dos 124,6 mil registrados um ano antes.

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