⛔ Pare de adivinhar ⛔ Use nosso filtro de ações gratuito e ache pechinchas do mercadoTeste Grátis

Produção de veículos sobe no Brasil no 1º tri, mas emprego cai

Publicado 06.04.2017, 14:54
Atualizado 06.04.2017, 15:00
Produção de veículos sobe no Brasil no 1º tri, mas emprego cai

SÃO PAULO (Reuters) - A produção de veículos do Brasil saltou 24 por cento no primeiro trimestre, impulsionada por exportações recordes e renovação de frotas de empresas como locadoras de veículos, mas o nível de emprego foi na contramão e recuou quase 9 por cento ao fim de março sobre um ano antes, informou nesta quinta-feira a associação que representa o setor, Anfavea.

As montadoras instaladas no país produziram 609,8 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus de janeiro a março e exportaram 172,7 mil veículos no período, uma alta de quase 70 por cento sobre o primeiro trimestre de 2016.

Enquanto isso, o setor fechou quase 10 mil postos de trabalho, encerrando março com 103,6 mil funcionários.

A diferença de comportamento entre salto de produção e queda no emprego foi atribuída pelo presidente da Anfavea, Antonio Megale, a ganhos de produtividade, diante do nível de ociosidade registrado pelo setor de mais de 50 por cento na indústria como um todo e de mais de 75 por cento apenas no segmento de caminhões.

"As empresas precisam ter claro como vai estar o mercado nos próximos meses antes de abrirem novos turnos de produção. Ainda precisamos de alguns meses de crescimento forte para sabermos se vamos reverter a questão dos postos de trabalho", disse Megale a jornalistas.

Segundo os dados da Anfavea, o resultado do trimestre foi impulsionado pelo desempenho de março, que teve alta de 18 por cento na produção sobre um ano antes e avanço de 5,5 por cento nas vendas na mesma comparação.

Boa parte da produção do mês passado, disse Megale, foi destinada para exportações, cujos destinos de destaque foram os mercados da Argentina, Uruguai, Colômbia e Peru. O movimento deve se manter nos próximos meses, diante da proximidade de assinatura de novos acordos de comércio, inclusive com a Colômbia, e da pujança do mercado argentino, que este ano deve registrar vendas recordes de entre 850 mil e 900 mil veículos, segundo estimativas da Anfavea.

Do total produzido em março, 235 mil veículos, 68,5 mil foram exportados, maior nível mensal desde pelo menos 2014.

Já o mercado interno segue permeado pelas turbulências políticas que minam a confiança dos investidores, retardando o retorno do crescimento do emprego e das vendas de veículos, disse Megale.

O presidente da Anfavea afirmou, porém, que as vendas de veículos no Brasil estão "no caminho da estabilização", depois de terem encerrado o primeiro trimestre em queda de 1,9 por cento sobre o mesmo período do ano passado, a 472 mil unidades.

"Ainda precisamos ter cautela, março foi um mês longo, com 23 dias úteis (...) ainda é cedo para dizer que a tempestade passou, mas podemos dizer que a intensidade da chuva diminuiu um pouco", afirmou Megale, acrescentando que é provável que as vendas de abril não sejam tão robustas quanto março por causa também de dois feriados no calendário do mês.

Por enquanto, a Anfavea mantém a previsão de alta de 11,9 por cento na produção deste ano, para 2,41 milhões de veículos, e de alta de 4 por cento nas vendas no mercado interno, para 2,13 milhões.

No entanto, se o ritmo de exportações se mantiver positivo, Megale afirmou que é provável que a Anfavea reveja em meados do ano a projeção de vendas externas de 558 mil veículos em 2017, alta de 7,2 por cento. Se isso ocorrer, a entidade também deve fazer ajustes na perspectiva da produção, disse o presidente da entidade.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.