👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Produção industrial no Brasil sobe em setembro mas fraqueza ainda predomina

Publicado 01.11.2016, 10:49
© Reuters. Unidade da montadora de automóveis Chery em Jacareí (SP)

Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A produção industrial do Brasil encerrou o terceiro trimestre com alta em setembro após duas quedas seguidas, mas num resultado ainda insuficiente para abrir caminho para uma recuperação sustentada.

A alta de 0,5 por cento em setembro sobre o mês anterior veio após recuos de 3,5 por cento em agosto e de 0,1 por cento em julho, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o mesmo mês de 2015, a produção apresentou recuo de 4,8 por cento em setembro, atingindo o 31º mês consecutivo de retração nessa base de comparação, ainda que a menos intensa desde junho de 2015 (-2,6 por cento).

"Tem que relativizar o crescimento de 0,5 por cento porque ele se dá em cima de duas quedas seguidas, e uma delas expressiva", destacou o economista do IBGE André Macedo.

Os resultados foram ligeiramente melhores do que as expectativas de alta de 0,4 por cento na base mensal e de recuo de 5,2 por cento sobre o ano anterior na mediana das projeções em pesquisa da Reuters.

Os destaques positivos em setembro foram as altas de 1,2 por cento de Bens Intermediários e de 1,9 por cento de Bens de Consumo Duráveis na comparação com agosto. Os ganhos, entretanto, foram insuficientes para recuperar as quedas vistas em agosto de 3,6 e 6,4 por cento, respectivamente.

Por outro lado, Bens de Capital, uma medida de investimento, apresentou recuo de 5,1 por cento, a terceira leitura negativa para a categoria.

Apenas nove dos 24 ramos pesquisados, segundo o IBGE, apresentaram aumento da produção em setembro, destacando-se produtos alimentícios (6,4 por cento), indústrias extrativas (2,6 por cento) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,8 por cento).

© Reuters. Unidade da montadora de automóveis Chery em Jacareí (SP)

Macedo explicou que esses três ramos têm representatividade expressiva na pesquisa, de 35 por cento do setor industrial. "Todas as justificativas à menor intensidade da produção industrial esse ano permanecem, como demanda enfraquecida, mercado de trabalho demissionário, renda menor e preços ainda elevados", afirmou o economista. "Enquanto esses fatores permanecerem, vão provocar essa instalbilidade".

Em outubro, tanto as avaliações sobre a situação atual quanto sobre as perspectivas pioraram, e o Índice de Confiança da Indústria (ICI) brasileira recuou após alta no mês anterior, de acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Economistas consultados na pesquisa semanal Focus do Banco Central veem contração de 6 por cento da produção industrial este ano, recuperando-se para expansão de 1,11 por cento em 2017. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa é de retração de 3,30 por cento em 2016 e crescimento de 1,21 por cento em 2017.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.